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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 242-3

Poster (Painel)


242-3

Implantação do check list de segurança cirúrgica em um hospital de reabilitação.

Autores:
Luciene Apolinário de Araújo1, Wanessa Silveira Barcelos1, Ana Flávia de Melo Silva1, Sueidy dos Santos Barbosa da Silva Pires1, Haysa Nadinne de Faria Marques1, Juliana Caldas de Souza1
1 CRER - Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo

Resumo:
INTRODUÇÃO

A segurança do paciente tornou-se uma preocupação mundial e no intuito de desenvolver diretrizes para garantir a qualidade do cuidar, promover a segurança global e evitar eventos adversos, a Organização Mundial de saúde instituiu a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente. Diante da complexidade do processo cirúrgico e dos elevados índices de eventos adversos e erros humanos relacionados a esses procedimentos, há uma preocupação constante com a qualidade e segurança da assistência. Neste intento, uma das medidas de segurança proposta pela Organização Mundial de Saúde foi a implantação da lista de verificação cirúrgica, cuja efetividade foi demonstrada pela queda na taxa de mortalidade decorrente de erros em cirurgias, bem como da diminuição de complicações. Frente ao exposto, a motivação em escrever esse relato se deve ao sucesso da implantação do check list em um hospital público de reabilitação e os desafios evidenciados durante este processo.



OBJETIVOS

Relatar a experiência da implantação do check list de segurança cirúrgica em um hospital público de reabilitação.



MÉTODO

Foi realizado um estudo descritivo, narrativo, do tipo relato de experiência sobre a implantação do check list de segurança cirúrgica em um hospital público de reabilitação de Goiás.



RESULTADOS

O check list de segurança cirúrgica foi implantado em 2013 por meio da determinação da diretoria do hospital e da articulação entre enfermeiros do centro cirúrgico e do Núcleo de segurança do paciente, em decorrência da publicação da RDC n°36/2013. A princípio foi proposto utilizar o instrumento desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde com adaptação de alguns requisitos dada as particularidades da Instituição. Optou-se por iniciar a aplicação do check list em todas os procedimentos cirúrgicos, a fim de disseminar a cultura de segurança e envolver todas as equipes neste processo. Para isso, foi feita uma divulgação institucional dos protocolos de segurança e desenvolvidas educações continuadas com todos os profissionais, independente de sua área de atuação e relação com a assistência. Observou-se que para a efetividade do check list, outras barreiras de segurança precisavam ser ajustadas, dentre as quais a demarcação da lateralidade, a realização da consulta pré-anestésica, a aplicação dos termos de consentimentos informados e a definição de protocolo de jejum. Por isso, buscou-se aprimorar estes processos e redesenhar o check list adotado sempre que novos desafios eram evidenciados. Neste intento, o check list tornou-se uma importante ferramenta de segurança, a qual permitiu barreiras eficazes e melhorou também a comunicação entre as equipes cirúrgicas e as demais unidades envolvidas no processo cirúrgico.



CONCLUSÃO

Este estudo possibilitou uma análise histórica da implantação do check list de segurança cirúrgica no hospital, bem como dos desafios do processo, de forma a aprimorar as barreiras de segurança cirúrgica e mitigar os possíveis eventos adversos relacionados a assistência perioperatória. Vale ressaltar que o sucesso para a implantação do check list e a mudança da cultura de segurança, vai além da elaboração de protocolos, pois necessita do envolvimento da equipe e sobretudo da participação dos gestores da unidade.



Palavras-chave:
 Enfermagem perioperatória, Lista de checagem, Segurança do paciente.