O ambiente hospitalar está em constante evolução para oferecer um atendimento cada vez mais eficiente, seguro e de excelência. A esse fato agrega-se a busca incessante pelo aprimoramento e resolutividade dos serviços, de forma a atender ou até mesmo superar as necessidades do cliente. Nessa perspectiva, o bom desempenho do centro cirúrgico está diretamente relacionado à qualidade de seus processos e dos serviços que o integram. A falha em algum dos processos, além de comprometer a segurança do paciente, pode acarretar o atraso da cirurgia e até mesmo o seu cancelamento. Por isso, garantir uma dinâmica eficaz e o cumprimento da agenda cirúrgica demanda planejamento, verificação e atenção de toda a equipe envolvida na realização do procedimento anestésico-cirúrgico. A estratégia utilizada para otimizar os processos da unidade e checar previamente os marcadores de segurança do agendamento cirúrgico, foi elaborada a partir de um método sistemático de reunião, denominada “bate mapa”, cujo propósito além de identificar potenciais fatores desencadeadores do cancelamento de cirurgia, promove a adoção de soluções efetivas e a comunicação assertiva dos serviços envolvidos. Nesse sentido, a motivação em escrever esse relato se deve ao sucesso da aplicabilidade do bate mapa em um hospital público de reabilitação.

Relatar a experiência da implantação da metodologia do bate mapa e o empoderamento da equipe para garantir a assertividade do planejamento cirúrgico.

Foi realizado um estudo descritivo, narrativo, do tipo relato de experiência sobre a implantação do bate mapa em um hospital público de reabilitação de Goiás.

Adotou-se a metodologia do bate mapa através de reuniões internas diárias, com duração de uma hora, guiada por um instrumento estruturado e realizadas por um grupo de profissionais de diversas áreas, sendo eles: enfermeiro do centro cirúrgico, enfermeiro da central de material e esterilização, agente administrativo do centro cirúrgico e da central de agendamento, anestesiologista, faturista e almoxarife. A experiência de adotar um método sistemático para conferir previamente o mapa cirúrgico, promoveu a integração dos profissionais envolvidos no processo, fortaleceu a comunicação entre as unidades e, sobretudo a tomada de decisão, frente as fragilidades relacionadas à dinâmica cirúrgica. Observou-se ainda que para garantir a assertividade e resolutividade do bate mapa, cada integrante precisou participar ativamente das reuniões, compreender suas competências, internalizar a importância da rotina e se envolver com a melhoria dos processos.

O bate mapa consiste numa estratégia eficaz para o cumprimento da programação cirúrgica e como barreira para solucionar os potenciais problemas que acarretam no cancelamento de cirurgia. Além disso, permite uniformizar a comunicação entre as equipes, alinhar os cuidados pré-operatórios à assistência proposta pelo centro cirúrgico, melhorar o planejamento cirúrgico, garantir a segurança do paciente, bem como mitigar possíveis eventos no período intraoperatório.