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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 239-1

Poster (Painel)


239-1

Análise do sistema no processo de gestão das órteses, próteses e matérias especiais

Autores:
Aline Mirema Ferreira Vitorio1,2, Andréa Rangel Boquimpani Wottrich1,3
1 INC - Instituto Nacional de Cardiologia, 2 UNIGRANRIO - Universidade do Grande Rio, 3 INTO - Instituto de Traumato Ortopedia

Resumo:
INTRODUÇÃO

O processo de trabalho do cuidado com órteses, próteses e matérias especiais (OPME) é considerado de alto custo para a operação do hospital. Partindo pressuposto de que os processos de gestão operacionais, interferem diretamente na funcionalidade das organizações de saúde e impactam na qualidade da assistência e na segurança do paciente, é imperativo analisar o erro sistemático como meio para propor melhorias1. A ferramenta análise de causa raiz (ACR) possibilita entender de forma mais ampla a causa de um acidente com menos foco no indivíduo e mais atenção nos componentes organizacionais.



OBJETIVOS

Relatar a experiência da utilização da ferramenta de ACR no processo de controle e dispensação de OPME no Centro Cirúrgico.



MÉTODO

Relato de experiência vivenciada no Centro cirúrgico de um hospital público especializado em Cardiologia no município do Rio de Janeiro, no período de março a maio de 2019.



RESULTADOS

Partindo de um evento não desejado no que se refere ao controle e dispensação de OPME no CC um processo reativo aconteceu com a análise dos incidentes. A primeira etapa foi a composição da equipe de trabalho, composta pela coordenação do bloco cirúrgico e do responsável pelo almoxarifado da instituição. A segunda etapa foi a coleta de dados para responder os questionamentos: por meio de questionamento detalhado: o que aconteceu? como aconteceu? por que aconteceu? Quais são os pontos críticos? Essa etapa foi realizada por observação não participante no local do ocorrido e entrevista dos envolvidos no incidente. Na terceira etapa foi registrado os dados e identificado as causas e o efeito por meio do diagrama de Ishikawa.  Em seguida na quarta etapa o problema identificado e definido Foi possível identificar por meio da ACR a não definição de papéis definidos do fluxo de OPME após dispensação e antes da devolução do OPME. Para evitar novos eventos adversos foi definido um plano de ação contemplando o que será feito, como será feito, quando será feito, quem vai fazer, porque vai fazer, onde será feito, quanto será o custo. Medidas corretivas foram sugeridas pela coordenação do bloco cirúrgico e pelo responsável do almoxarifado por intermédio de elaboração de Protocolo operacional padrão com impresso de dispensação e devolução de OPME a ser conferida e assinada pelos três profissionais envolvidos no processo, sendo eles, o circulante de sala, o técnico do almoxarifado e a Enfermeira de sala operatória. Reuniões com a equipe foram realizadas antes das medidas implementadas para discutir a viablidade do processo. Durante uma semana um projeto teste foi desenvolvido em uma das salas operatórias e em seguida após avaliação da equipe o processo foi aplicado em todas as salas operatórias. A segunda medida corretiva foi relativa ao controle, portanto a dispensação dos OPMES pelo almoxarifado do CC somente é possível no momento da sua utilização, não sendo mais possível a estocagem de OPME nas salas operatórias durante o ato cirúrgico. Após as ações instituídas obteve-se melhoria no processo de faturamento hospitalar e na transparência do processo de controle de OPME no ambiente operacional do CC.



CONCLUSÃO

A experiência evidenciou que a assistência à saúde é de responsabilidade dos profissionais assistenciais, gestores, administradores e a instituição em geral.



Palavras-chave:
 Enfermagem perioperatória, Gestão, Análise causa raiz, Administração de materiais no hospital