No ensino em saúde, uma série de alterações, inclusões e novas tendências em relação ao ensino-aprendizagem apontam para a adoção de métodos inovadores, requerendo que o docente busque novas estratégias de ensino capazes de melhorar os resultados de aprendizagem e que ofereçam suporte para a formação dos indivíduos, possibilitando-os autonomia de refletir de forma crítica sobre suas ações e escolhas. Atualmente, vem se apresentando como uma nova possibilidade no ensino a simulação realística (SR), no qual o conhecimento permanece sedimentado por um tempo mais prolongado, além de ser uma forma mais prazerosa de aprender comparado ao ensino tradicional. Desse modo, a SR é uma significativa ferramenta de aprendizado que pode ser utilizado em vários níveis na educação em enfermagem com ênfase na Central De Material Esterilizado, a fim de formar enfermeiros preparados para atuar na prática, dando condições a esses futuros profissionais de administrar a CME, desempenhando a função com responsabilidade e competência, baseados em conhecimentos adquiridos durante a graduação sobre o processo de esterilização.

Relatar a experiência da utilização da simulação realística de baixa fidelidade com discentes de uma IES

Participativa por meio da aplicação da metodologia ativa, simulação realística de baixa fidelidade com discentes do 5º semestre do Curso de Graduação em Enfermagem, em uma IES do município de Tucuruí, estado do Pará. O cenário representou uma situação-problema de processamento de materiais em uma sala de operação, com duração média de 05 minutos, para análise da capacidade de desempenho do aluno. A estratégia foi realizada com 40 acadêmicos que cursavam a disciplinaAssistência de Enfermagem na Central de Material e Esterilização. Por conseguinte, a turma foi dividida em dois grupos, e subdivididos em outros dois grupos. Enquanto um grupo atuava na simulação, os demais assistiram, anotando as observações e posteriormente efetuando a troca de papéis

A Simulação foi realizada em sala de aula com auxílio de mesas, instrumentais cirúrgicos e capotes de paramentação. Após a divisão dos grupos um aluno foi sorteado para ser o enfermeiro responsável pela CME, este não saberia as informações do cenário.  Ao final do cenário, o docente se dirigiu aos alunos que assistiam para a realização de debriefing, uma discussão e reflexão das atitudes tomadas durante a ação. Neste contexto, a simulação proporcionou aos estudantes a facilitação de discernir os conteúdos estudados previamente, revisar conceitos e aprender com os erros e acertos do grupo.

O estudo, de forma geral, demonstrou que a utilização da simulação realística como estratégia de ensino possibilita melhora significativa de conhecimento, propiciando a promoção da auto confiança pelos estudantes da graduação do curso de Enfermagem, que os levam a desenvolver o raciocínio critico perante as situações clínicas na prática.