Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou, em outubro de 2004, a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente com objetivo de promover o estabelecimento de políticas e de práticas clínicas seguras. Destaca tópicos que incluem cuidados com infecção e limpeza e cuidados com práticas em cirurgia. O primeiro desafio global lançado em 2006 foi a infecção relacionada à assistência a saúde com foco para a higiene das mãos. O termo “lavagem das mãos” foi substituído por “higienização das mãos” devido à maior abrangência deste procedimento. O segundo desafio global em 2008, foi à segurança dos cuidados cirúrgicos. Os objetivos englobam desde a higienização simples até a degermação das mãos. Especialmente na área cirúrgica a falta desse procedimento constitui um problema de saúde pública pela magnitude e pelo impacto na morbimortalidade. Uma vez que grande parte de profissionais não tem o hábito de higienizar as mãos e quando fazem ainda é insuficiente.

Conscientizar os profissionais do centro cirúrgico de um Hospital Municipal do Interior do Pará sobre a importância da prática de higienização das mãos como ação mais importante na prevenção de infecção relacionada a assistência a saúde. Provar a falha da higienização das mãos com a dinâmica da “caixa da verdade”.

Trata-se de um relato de experiência sobre a aplicação de dinâmica educativa por um grupo de acadêmicos do 7° período da graduação de enfermagem de uma instituição de ensino superior privada do estado do Pará. A ação foi desenvolvida no centro cirúrgico de um Hospital Municipal no interior do Pará. Primeiro foi realizado  com roda de conversa com a equipe, sobre a segurança do paciente e higienização das mãos, em seguida realizada dinâmica “caixa da verdade” onde o participante utilizou tinta neon laranja para sujar as mãos, em seguida realizou correta higienização das mãos, ao finalizar colocou as mãos em uma caixa preta totalmente vedada com luz negra em seu interior podendo assim visualizar possível residual de cor alaranjada

Participaram doze (12) colaboradores, sendo 10 técnicos de enfermagem com média de 6 anos no setor, 01 enfermeira com 02 anos no setor e 1 médico anestesiologista. Os colaboradores têm ciência da importância da higienização das mãos, no entanto apenas a metade sabe realizar a técnica asséptica corretamente. Observou-se boa adesão dos participantes às atividades propostas, bem como interação com as acadêmicas. Os relatos dos profissionais ao final do trabalho foram bastante satisfatórios

Deveria haver por parte das lideranças um compromisso de colocar em prática mecanismos de cobranças como aplicação rígida de protocolos, além de educação permanente alcançando os demais setores e incentivando a prática correta e assídua de higienização das mãos, contribuindo desta forma para a redução das infecções relacionadas a assistência em saúde e fortalecimento da segurança do paciente