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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 236-1

Poster (Painel)


236-1

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA CAPTAÇÃO DE ÓRGÃOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores:
Dayana Freitas1, Micheline Martins1, Marcos Portela1, Karine da Silva1, Cristina Moraes1, Jerusa Levinski1
1 UF - Universidade Feevale

Resumo:
INTRODUÇÃO

Promover e garantir a qualidade de vida de um ser humano substituindo um órgão que foi acometido por uma patologia por outro sadio é um processo terapêutico complexo na atualidade. O enfermeiro no perioperatório da captação de órgãos é fundamental para garantir a segurança dos procedimentos.



OBJETIVOS

Descrever a assistência do enfermeiro perioperatório na captação de órgãos de uma OPO (Organização à Procura de Órgãos) cirúrgica, atuante em vários hospitais de um Estado do Sul do País.



MÉTODO

Pesquisa de delineamento descritivo, através de relato de experiência realizada em 2018 através de estágio, como enfermeira na OPO cirúrgica.



RESULTADOS

A OPO cirúrgica é um serviço do Estado e a sede fica situada em um hospital da capital, vinculada com a central de transplantes; é composta por enfermeiros que atuam na captação de órgãos no perioperatório. Após o aceite familiar e o protocolo de captação ser confirmado o enfermeiro é deslocado até o hospital onde se encontra o doador. A saída é da sede, contemplando enfermeiro e médico captador. O enfermeiro é responsável pela conferência dos kits e materiais levados para captação, que inclui as caixas de transporte, as soluções a serem infundidas, os soros congelados, as embalagens e potes, lacres e fios cirúrgicos, instrumentais específicos, etiquetas e os formulários de preenchimento do registro de doação de órgãos bem como a ficha do doador que ganha da Central um RGCT (Registro Geral da Central de Transplantes). No perioperatório é realizado a conferência da identificação do doador e todas as etapas do protocolo de morte cerebral através do prontuário, onde registra os resultados de exames no formulário do Estado, confere a documentação do familiar que aceitou a doação, providencia as etiquetas do doador das amostras de exames, (tipagens e ‘’cross – match’’), preenchidos com RGCT, data e hora. Em hospitais de menor porte realiza a montagem de mesa auxiliar do instrumentador onde acondiciona as embalagens adequadamente nos recipientes e quebra o gelo (soro), deixando pronto na bacia para o uso do cirurgião. Após início da captação, cuida do tempo cirúrgico quando o cirurgião realiza o clampeamento da aorta e do volume de infusão da solução de perfusão de órgãos, comunicando em voz alta e realiza registro de todos estes tempos cirúrgicos. Coloca a solução de perfusão nas embalagens onde o cirurgião acondicionou os órgãos, este lacra e fecha o órgão entregando recipiente para o enfermeiro que etiqueta com o RGCT do doador, o órgão, lateralidade e a data. Acondiciona nas caixas térmicas de transporte, que também são identificadas. É responsável pela entrega dos exames em dois laboratórios de dois hospitais distintos da capital para os testes e cruza de dados dos possíveis receptores selecionados pela Central de Transplantes. Por fim, leva os órgãos até a sede, registrando a entrada deles, encerrando o trabalho do enfermeiro.



CONCLUSÃO

O trabalho do enfermeiro perioperatório na captação de órgãos é de extrema importância, pois assiste diretamente o processo. É responsável pelos registros e pelo transporte dos órgãos. As demandas de captações têm aumentando, visto que o assunto doação de órgãos está em evidência. O enfermeiro deve ser capacitado para tal atuação e a segurança do processo é o principal foco deste relato, que deve-se atentar às normas de segurança do paciente bem como apresentar os registros de enfermagem adequadamente evitando erros ou eventos adversos.



Palavras-chave:
 Assistência de Enfermagem, Doação de Órgãos, Transplantes