Para que o enfermeiro atuante no bloco cirúrgico mantenha um bom desempenho de suas atividades faz-se necessário, entre outras coisas, manter-se atualizado sobre acontecimentos no Brasil e no mundo, como pesquisas em andamento e publicadas;  legislações e suas atualizações  e as  boas práticas utilizadas em outras instituições, ou seja, tudo que estiver relacionado ao bloco cirúrgico. Uma das formas que o enfermeiro tem de atualizar-se e manter-se informado é fazendo a leitura periódica de produções científicas publicadas em revistas especializadas em bloco cirúrgico. Pensando nisso, nos veio as questões que nortearam este estudo: quais pesquisas foram realizadas e publicadas nas revistas da Associação de enfermeiros de bloco cirúrgico? Quais os temas mais frequentes? Quais os problemas e soluções estão sendo encontrados?

Objetivo geral:: identificar a produção científica produzida pela Associação de enfermeiros nos anos de 2013, 2014 e 2015; objetivos específicos: mapear as literaturas publicadas, conhecer o panorama das publicações e citar evidencias que podem contribuir para um melhor gerenciamento do bloco cirúrgico.

Metodologia: Trata-se de um estudo realizado a partir de fontes secundárias, por meio de revisão de literatura realizada por pares. Para essa revisão foram utilizadas todas as revistas de uma Associação de enfermeiros de bloco cirúrgico, publicadas entre os anos de 2013 a 2015, totalizando 12 revistas. Os critérios para inclusão foram: Publicações que estivessem nas revistas da associação, que foram publicadas entre os meses de janeiro de 2013 até dezembro de 2015. Foram elaborados quadros e gráficos nos programas Word e Excel do Office 2016 e no Programa R Commander para expressar os resultados obtidos; todos os artigos foram lidos, pré analisados e categorizados.

Resultados Foram publicadas 12 (doze) revistas com um total de 80 (oitenta) artigos, sendo 44 artigos originais, 18 revisões de literatura e 18 relatos de experiência. A maior parte dos estudos (41%) foi realizada na região sudeste do Brasil, seguida pelas regiões Sul (15%), Nordeste (11%), Centro-oeste 3% e Norte (2%). Categorizando por setores do bloco cirúrgico, 41% dos estudos foi sobre o Centro Cirúrgico, 24% sobre o Centro de Material e Esterilização, 7% sobre a Sala de Recuperação pós-anestésica e 28% foram realizados em mais de um setor, tratavam de infecção hospitalar, visita pré-operatória ou pós-operatória.

Conclusão: Foi possível identificar e mapear toda a produção científica publicada pela Associação nos anos de 2013, 2014 e 2015; evidenciou-se a importância: do treinamento das equipes através da educação permanente em serviço, da padronização do processo de serviço, da elaboração de checklist e de protocolos operacionais padrão; da atualização do profissional enfermeiro gestor do bloco cirúrgico e da comunicação entre os membros das equipes cirúrgicas e a valorização de todos os integrantes da equipe, para um serviço eficiente e eficaz; o enfermeiro do bloco cirúrgico precisa ser um profissional em constante atualização, deve possuir uma visão crítica, saber ouvir a sua equipe e saber expor suas recomendações, conselhos e ordens.