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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 224-2

Poster (Painel)


224-2

DESAFIOS E PERSPECTIVAS NA IMPLANTAÇÃO DE HOSPITAL DIA NO ÂMBITO PÚBLICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores:
José Adilson Oliveira Santos1, Mary Gomes Silva1, Alexsandro Tartaglia1
1 EBMSP - Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública

Resumo:
INTRODUÇÃO

Com o advento de novas tecnologias e inovações no processo anestésico cirúrgico, um novo cenário vem se apresentando com a criação do Hospital Dia (HD). Nesse ambiente é possível realizar procedimentos cirúrgicos ambulatoriais, diagnósticos e terapêuticos a usuários específicos1, através de seleção criteriosa, devendo-se levar em consideração alguns fatores, tais como: idade, condição física e mental e comorbidades associadas. Essa modalidade prevê a permanência do paciente na unidade por um período máximo de 12 horas, proporcionando reabilitação, integração familiar e uma alta precoce, contribuindo para a diminuição das Infecções Relacionadas à Assistência a Saúde (IRAS), redução dos custos, quando comparados aos internamentos convencionais.2,3 Nesse contexto, compartilhar experiências no que se refere a organização, implantação e operacionalização de serviços de HD é relevante e necessário, considerando que a produção de conhecimento nessa área ainda é incipiente.



OBJETIVOS

Relatar a experiência de implantação e operacionalização de um serviço de hospital-dia, cirúrgico, vinculado a um hospital público, de grande porte, na cidade de Salvador-BA.



MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência que se utiliza de uma abordagem descritiva, subsidiada com a literatura pertinente e legislações relacionadas ao tema hospital dia.



RESULTADOS

A Unidade de HD fica anexa a um hospital geral, público, de grande porte, com administração em regime de Organização Social de Saúde (OSS). Foi inaugurado no segundo semestre do ano 2018 e realiza cirurgias eletivas ambulatoriais, diagnósticas e terapêuticas das seguintes especialidades: oftalmologia, urologia, cirurgia geral, cirurgia plástica simples, ortopedia, proctologia, dermatologia em oncologia simples, vascular e mastologia. Os desafios foram: a estruturação da equipe de enfermagem, cujo fato repercutiu de forma significativa na implementação das rotinas e nos fluxos dos procedimentos, considerando a falta de experiência dos profissionais, que contribuía para morosidade e o não atendimento a dinâmica que o serviço exigia; pouca habilidade da equipe para utilização dos equipamentos, agravado ainda mais devido à dificuldade da engenharia clínica, para atender as demandas relacionadas a qualificação da equipe, no manejo adequado do aparato tecnológico, utilizado nos procedimentos cirúrgicos, principalmente os mais delicados utilizados, a exemplo das cirurgias oftalmológicas; número reduzido de instrumentais necessários para execução dos procedimentos cirúrgicos, considerando a dinâmica do setor e a rotatividade constante de pacientes nesse ambiente; ausência de Centro de Material e Esterilização (CME) no setor que dificultava a reposição de materiais estéreis, retardando o giro de sala e demandava dos profissionais de enfermagem maior desgaste para providenciar os materiais no CME, localizado no subsolo do hospital geral. Atualmente contamos com um CME dentro do CC do HD. Há perspectivas de ampliação e manutenção de melhorias, como a aquisição de mais instrumentais para aumento do arsenal e operacionalização de ações de educação permanente (EP) para os setores que compõem o HD que certamente promoverá a manutenção da qualificação da equipe de enfermagem e, consequente promoção e sustentação de uma assistência segura e de qualidade, aos pacientes que utilizam o serviço.



CONCLUSÃO

Pode-se afirmar que os desafios continuarão sendo a manutenção de um fluxo dinâmico das atividades, promoção de uma comunicação efetiva que proporcione um processo de trabalho voltado para prestação de uma assistência segura e de qualidade.



Palavras-chave:
 Hospital Dia, Cirurgia, Gestão