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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 207-2

Poster (Painel)


207-2

Procedimento Híbrido de Revascularização do Miocárdio e Troca Valvar Transcateter

Autores:
Nidia Pan1, Angelica Mendes1, Regina Martins1, Jose Cesar Ribeiro1
1 HCOR - Hospital do Coração

Resumo:
INTRODUÇÃO

A presença de doença coronariana concomitante é observada em até 60% dos pacientes avaliados para substituição da valva aórtica. Tradicionalmente, a estratégia de manejo de ditos pacientes foi a substituição da valva aórtica de forma conjunta com cirurgia de revascularização do miocárdio (RM). Os guias de manejo de doença valvar devido à falta de estudos clínicos randomizados, e a partir de estudos observacionais, mostram um melhor prognóstico em pacientes que recebem um enxerto de artéria mamária na artéria descendente anterior no momento da substituição da valva aórtica¹. Trata-se de um relato de caso de paciente submetido à revascularização do miocárdio sem extracorpórea concomitante a troca valvar transcateter em sala híbrida. As informações contidas nesse trabalho foram obtidas através do prontuário e revisão da literatura.



OBJETIVOS

Relatar o planejamento do primeira caso híbrido de revascularização do miocárdio e troca valvar transcateter na instituição.



MÉTODO

Paciente S.S.S., 79 anos, portador de estenose aórtica, insuficiência coronariana internou para realizar cirurgia de RM. Antecedentes pessoais: hipertensão, insuficiência renal crônica dialítico, diabetes, insuficiência cardíaca, Ecocardiograma com fração de ejeção 38% arritmias, exérese de tumor renal esquerdo (1989). Devido à patologia, idade e comorbidades, foi optado pelo heart team um procedimento híbrido, revascularização do miocárdio seguida de intervenção percutânea de troca valvar aórtica. Assim que o procedimento foi agendado, iniciou-se o planejamento pelo enfermeiro quanto à organização da estrutura e recursos materiais. No dia do procedimento a equipe de enfermagem, composta por 2 enfermeiros e 2 técnicos de enfermagem, preparam a sala híbrida, planejando com a equipe médica o envolvimento de várias áreas, equipe médica (clínicos, hemodinamicistas, anestesista, cirurgiões cardíacos, ecocardiografista), perfusionista, crimpador, banco de sangue e UTI. Em sala o paciente foi preparado primeiramente para cirurgia de RM. Após realização da cirurgia, o cenário da sala mudou, preparando a sala para realização de procedimento percutâneo. Após o segundo procedimento finalizado com sucesso, o paciente foi encaminhado para UTI, intubado, recebendo dobutamina, curativo em região esternal, membro inferior direito, região inguinal bilateral, drenos de mediastino e pleural esquerdo, hemodinamicamente estável. O paciente teve alta hospitalar 15 dias após procedimentos.



RESULTADOS

Trata-se do primeiro caso híbrido neste perfil na Instituição e por ser o primeiro, houve a preocupação em montar uma ampla estrutura que atendesse as possíveis alterações relacionadas à complexidade dos procedimentos.



CONCLUSÃO

Esse caso demonstrou que os resultados positivos são reflexos de um adequado planejamento prévio, assistência qualificada de uma equipe comprometida. Foi um grande aprendizado para toda a equipe vivenciar um caso como esse, pois segundo a literatura são casos que devem ser realizados individualmente por não haver ensaios clínicos que esclareçam o melhor tratamento.

 



Palavras-chave:
 híbrido, revascularização, troca valvar