INTRODUÇÃO
Atualmente ocorre uma mudança de cenário, onde a população está envelhecendo devido as baixas taxas de fertilidade e aumento das taxas de expectativas de vida dos indivíduos. Através de análise de informações sobre internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2015, os idosos são internados com maior frequência que os adultos, dentre as causas mais comuns de internações desses idosos, há as cirurgias eletivas, que antes vistas como um risco maior do que os benefícios possivelmente ofertados, atualmente são vistas como alternativas terapêuticas, devido ao avanço das tecnologias das técnicas cirúrgicas, da anestesia e recursos terapêuticos.
OBJETIVOS
Caracterizar o perfil de idosos hospitalizados para realização de procedimentos cirúrgicos.
MÉTODO
Estudo com abordagem quantitativa e descritiva, realizado no período de julho a setembro de 2017 com 42 idosos internados nas enfermarias de clínica cirúrgica de um hospital universitário localizado no Rio de Janeiro, seguindo os critérios de inclusão: idade a partir de 60 anos, de ambos os sexos; de exclusão os idosos transferidos e/ou que vieram a óbito no período da coleta de dados. A produção de dados ocorreu por meio de análise documental de prontuários e dos mapas cirúrgicos e, e submetidos à análise estatística descritiva simples. Projeto de pesquisa aprovado pelo comitê de ética e pesquisa da instituição sob número 1.799.621.
RESULTADOS
Programada nos mapas cirúrgicos do hospital um total de 733 cirurgias sendo 288 (37%) com pacientes idosos. Participaram do estudo 42 idosos, sendo 20 (47,6%) do sexo feminino e 22 (52,4%) do sexo masculino, sendo 24(57,1%) casados, 4 (11,7%) divorciados e 7 (16,9%) viúvos, 27 (64,3%) com ensino fundamental, 11 (25,3%) com ensino médio e 4(12,1%) com ensino superior. As comorbidades mais comuns foram hipertensão arterial e diabetes mellitus e quanto a especialidade cirúrgica, houve predomínio da cirurgia geral 15 (35,9%), seguido de cirurgia vascular e neurocirurgia 7 (16,6%)e cirurgia torácica 6 (14,3%); as demandas de cuidados em pós-operatório mais encontrados foram: Curativo cirúrgico, presença de drenos e mobilidade prejudicada.
CONCLUSÃO
Tais achados corroboram com a literatura, onde é preciso conhecer e reconhecer as particularidades da pessoa idosa para poder identificar e avaliar suas demandas de cuidados e assim planejar uma assistência integral, efetiva e de qualidade ao paciente idoso cirúrgico, visando minimização de riscos e prevenção de complicações decorrentes de procedimentos cirúrgicos.