INTRODUÇÃO
O centro cirúrgico é uma unidade fechada de risco em que se realizam procedimentos anestésico-cirúrgico, se caracteriza como ambiente estressor para o público adulto e especialmente infantil, dispondo de poucos recursos de apoio para o enfrentamento desta experiência. Mesmo com tantos avanços tecnológicos e profundas melhorias nesse ambiente, a intervenção cirúrgica se notabilizou como uma experiência geradora de ansiedade, stress e em alguns casos traumatizantes. Ao relacionar-se esta temática à criança, percebe-se que esta ao ser submetida a procedimentos cirúrgicos pode apresentar em alterações emocionais e comportamentais de caráter transitório ou permanente, necessitando de intervenções que minimizem estes fatores estressores. Dentre os recursos que podem ser utilizados para reduzir os efeitos gerados pelos procedimentos, a tecnologia de realidade aumentada se apresenta como uma ferramenta viável, inovadora e de baixo custo que corrobora no cuidado humanizado em pediatria, uma vez que melhorar a sensação de desconforto e proporcionar um ambiente acolhedor e uma assistência qualificada.
OBJETIVOS
Construir uma tecnologia de realidade aumentada para crianças durante o pré-operátorio
MÉTODO
Trata-se uma pesquisa metodológica que tem como finalidade o desenvolvimento, a avaliação e o aperfeiçoamento de instrumento tecnológico para uso na pratica clínica, com abordagem qualitativa, realizada em um centro cirúrgico de um hospital escola da Paraíba, no período de julho a setembro de 2018.
RESULTADOS
A construção constou de reuniões semanais de brainstorming junto a profissionais de saúde durante um mês com intuito de levantamento das necessidades emocionais e físicas da criança. A concepção e o desenvolvimento do artefato tecnológico foi desenvolvido no Núcleo de Aplicação em Tecnologia da Informação (NATI). Em reuniões com o NATI foram decididas a temática, as figuras que seriam utilizadas e também foi concebido o nome do aplicativo AQUAR. Inicialmente elaborou-se uma versão interativa de um protótipo funcional. Subsequentemente surgiram as telas de alta fidelidade que teve aparência idêntica ao produto final, já contemplando tipografia, iconografia e paleta de cores, além do layout. Esses protótipos foram apresentados a equipe para avaliação, gerando necessidades de adaptações nos requisitos e de redesign, resultando na versão final da tecnologia. Essa ferramenta funciona em forma de jogo onde a criança coloca o óculos na sala de espera e até a sala cirúrgica ela procura e identifica os marcadores que se transformam em imagens virtuais, dessa forma ela estará inserida nesse ambiente lúdico virtual mergulhando numa brincadeira e se divertindo nesse espaço mais humanizado.
CONCLUSÃO
A partir deste estudo, espera-se que esta tecnologia de Realidade Aumentada, seja de fato utilizada como recurso para promoção e humanização da saúde, proporcionando as crianças um ambiente mais lúdico, desmistificando o ambiente hostil que remete ao centro cirúrgico. Tendo em vista que a tecnologia desenvolvida possui baixo custo observa-se que ela se torna viável a qualquer unidade de saúde além disso apresenta benefícios além da esfera explorada no campo hospitalar com expansão para diversas áreas no âmbito da atenção primária.