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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 196-1

Poster (Painel)


196-1

Estratégias de atendimento ao trauma no centro cirúrgico

Autores:
SILVA, NELLO1,1, Rojic, Luiza1,1, Garcia, Mariana1,1, Cruz, Nayara1,1, Motta, Adriana1,1, Lazari, Garita1,1
1 HVC - Hospital Vera Cruz Campinas

Resumo:
INTRODUÇÃO

O trauma é um grande problema na saúde pública mundial, sendo a principal causa de morte e incapacidade. No Brasil, é responsável pelo maior número de mortes nos indivíduos até 49 anos de idade, sendo a quarta causa de morte na população em geral. Estudos mostram que a mortalidade por trauma diminui significativamente quando a vítima é atendida em um Centro de Trauma (CT) organizado e planejado. Nesse contexto, o Centro Cirúrgico (CC) também tem fundamental importância no atendimento dessas vítimas, sendo necessárias ações rápidas e eficientes baseadas em protocolos institucionais.



OBJETIVOS

Relatar a experiência do atendimento cirúrgico de emergência ao trauma em um hospital privado no interior do Estado de São Paulo. 



MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência profissional com foco nos protocolos e fluxos de atendimento ao trauma realizados no CC. Os dados foram coletados dos 4 meses iniciais de implantação do Protocolo de Atendimento ao Trauma.



RESULTADOS

O CT iniciou os atendimentos em 15 de janeiro de 2019, seguindo os critérios estabelecidos pelo Comitê de Trauma do Colégio Americano de Cirurgiões. De janeiro a abril, o CT atendeu em média 4,2 pacientes traumatizados por dia; e do total, 4% demandaram tratamento cirúrgico. O paciente vítima de trauma pode dar entrada na instituição através do atendimento pré-hospitalar (transporte terrestre ou aéreo) e por demanda espontânea. Após a recepção de informações sobre o caso, o plantonista do PS dispara via aplicativo de celular para todas as áreas envolvidas, como alerta para prévia organização e planejamento. O paciente é recepcionado no PS, atendido conforme os protocolos estabelecidos; se o caso grave for cirúrgico, é acionado o Código Roxo via telefone pela Enfermeira do PS para enfermeira do CC, que disponibiliza sala cirúrgica imediatamente, comunica equipe anestésica e equipe de enfermagem, farmácia, Central de Material e Esterilização e setor de Órteses, Próteses e Materiais Especiais, quando necessário, para montagem adequada conforme necessidade do paciente e solicitação do cirurgião do trauma. A enfermeira do CC confirma reserva de UTI e banco de sangue. No CC está disponível um “Kit Trauma” com instrumentais e campos cirúrgicos montados para atendimento imediato de trauma torácico ou abdominal e quando é necessário demais materiais, é acionado a CME via telefone para complementar a montagem de acordo com a necessidade do caso. O paciente é recepcionado no CC pelo enfermeiro do corredor, juntamente com técnico de enfermagem e anestesista, encaminhado para a sala cirúrgica, em que os insumos e materiais necessários já estão disponíveis para o atendimento. Para o atendimento dessa cirurgia de emergência, é disponibilizado 01 técnico de anestesia, 02 circulantes de sala e 01 enfermeiro do corredor; sendo avaliado pelo enfermeiro e disponibilizado um quantitativo de enfermagem maior se necessário conforme o caso para atender as necessidades de toda equipe médica e do paciente.



CONCLUSÃO

O planejamento adequado é essencial para um atendimento de excelência ao paciente traumatizado no CC, assim como a comunicação eficaz é necessária para a continuidade do cuidado, pois este atendimento resulta da interface entre as várias áreas de apoio envolvidas no processo. Após a implementação do CT, foi possível verificar a importância do treinamento da equipe para recebimento desses pacientes, o quão importante é ter um atendimento rápido e seguro baseado em fluxos e protocolos da instituição que são elaborados conforme as melhores práticas internacionais. 



Palavras-chave:
 Ferimentos e Lesões, Assistência de Enfermagem, Centros Cirúrgicos