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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 192-2

Poster (Painel)


192-2

Adesão ao checklist de cirurgia segura: Análise das cirurgias pediátricas

Autores:
Leticia Costa Rinaldi1, Andrezza Belluomini Castro1, Marla Andréia Garcia de Avila 1, Rafaela Aparecida Prata1, Jamile Duran Matilde1
1 UNESP - Universidade Estadual Paulista ''Júlio de Mesquita Filho''

Resumo:
INTRODUÇÃO

Com o progresso tecnológico e aperfeiçoamento da atenção à saúde a assistência cirúrgica se tornou uma intervenção com abundantes possibilidades1. Todo ano, milhões de pacientes sofrem danos incapacitantes ou mortes devido à assistência inadequada à saúde e metade das complicações pós-operatórias foram consideradas evitáveis2. Diante desse contexto, em 2004, com a finalidade de valorizar a segurança do paciente a OMS desenvolveu a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente que implementou O Segundo Desafio, denominado Cirurgias Seguras Salvam Vidas3. Foi elaborado o checklist de cirurgia segura com a intenção de reduzir os riscos, eventos adversos e complicações das intervenções cirúrgicas3. O checklist é composto por três etapas: identificação, confirmação e registro, representa um padrão de segurança cirúrgica mundial3.



OBJETIVOS

Analisar a adesão ao preenchimento do checklist de cirurgia segura em cirurgias realizadas em crianças e adolescentes de até 17 anos, bem como os fatores que influenciam a sua utilização.



MÉTODO

Estudo analítico, transversal, realizado em um hospital público. Foram analisados os prontuários de cirurgias executadas em crianças e adolescentes de até 17 anos, no ano de 2017. Foi aplicado análise estatística descritiva, teste Exato de Fisher e regressão logística.



RESULTADOS

A amostra foi composta por 262 crianças, 65,68% do sexo masculino, prevalecendo os procedimentos de adeno e amigdalectomia. Observou-se em 12,9% dos checklists o preenchimento completo, em 86,4% parcial e 0,7% não foi preenchido. Não houve associação significativa entre a adesão ao instrumento e os fatores analisados.



CONCLUSÃO

Adesão completa ao checklist foi de 12,9% com diferença no preenchimento entre as etapas e não houve um único fator responsável pela inadequação. O preenchimento parcial na maioria dos casos sinaliza a necessidade de desconstruir as barreiras para conduzir o checklist, com ações educativas envolvendo as equipes e o real entendimento da aplicação do instrumento que pode favorecer a segurança cirúrgica e qualidade da assistência.



Palavras-chave:
 Enfermagem, Lista de checagem, Segurança do Paciente