INTRODUÇÃO
Mundialmente, houve um aumento de 38% no número de procedimentos cirúrgicos, no período de 2004 a 20121. No Brasil, entre 2008 e 2016, ocorreram 37.565.785 internações cirúrgicas, com prevalência das cirurgias obstétricas totalizando 8.583.315 procedimentos, seguido do sistema digestivo com 6.426.105 e osteomuscular com 6.289.449. Nos subgrupos de procedimentos cirúrgicos do aparelho da visão, torácico, cirurgia oncológica e outras cirurgias a evolução temporal dos procedimentos foi crescente e significativa2.
OBJETIVOS
Verificar o perfil sociodemográfico e cirúrgico dos pacientes submetidos às cirurgias eletivas de pequeno e médio porte.
MÉTODO
Trata-se de um estudo descritivo transversal com análise quantitativa realizado em um hospital público de pequena e média complexidade no interior paulista. Foram incluídas todas as cirurgias realizadas no período de janeiro a dezembro no ano de 2017. Os dados foram verificados no prontuário eletrônico e para análise foi utilizado um instrumento de coleta de dados em modelo de formulário digital.
RESULTADOS
A amostra foi composta por 5.475 cirurgias, sendo 54,0% executadas em pacientes do sexo feminino e 53,6% com idade acima de 60 anos, maio foi o mês com maior número de procedimentos representando 13,0%. Houve predomínio dos procedimentos de pequena complexidade com 90,3% e 92,9% das cirurgias foram classificadas como porte I, com a média de tempo cirúrgico de 52 minutos. As principais especialidades cirúrgicas foram otorrinolaringologia em crianças com 30,1%, oftalmologia em adultos representando 27,7% e nos idosos com 64,7%. Os procedimentos mais executados foram facoemulsificação com implante de lente intraocular representando 29,0%, em seguida de tratamento cirúrgico de blefarocalase com 4,5% e tratamento de ptose palpebral com 2,6%. A anestesia prevalente foi local com 68,0%, seguida da geral com 29,9%.
CONCLUSÃO
53,6% dos pacientes foram idosos, com prevalência da especialidade de oftalmologia, com anestesia local. Conhecer o perfil sociodemográfico e cirúrgico dos pacientes permite um planejamento adequado da assistência perioperatória, prestando um cuidado individualizado de acordo com a especificidade de cada paciente e do procedimento anestésico cirúrgico. Ademais, contribui para a gestão, produzindo bases para fazer comparações com a literatura e outros serviços.