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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 184-1

Poster (Painel)


184-1

Segurança do Paciente em Cirurgia Robótica: posicionamento e fixação na mesa cirúrgica

Autores:
Marcos Antonio Macedo dos Anjos1, Ana Paula de Medeiros Duro1, Denise Yokoyama Alves1, Debora Daniela Eira Guidi1, Ana Rita Alves Ferreira1, Aline de Souza Silveira Serra1
1 INCA - Instituto Nacional de Câncer

Resumo:
INTRODUÇÃO

Segundo dicionário informal, a Prevenção é um ato aonde ocorre à antecipação das consequências de uma ação, cujo objetivo é prevenir seu resultado, corrigindo-o e redirecionando-o por segurança. O posicionamento e a fixação do paciente cirúrgico devem ser adequados e executados por todos os profissionais da equipe cirúrgica devendo ser avaliados de acordo com a técnica cirúrgica a ser realizada; as especificidades do paciente, as preferências do cirurgião, o acesso venoso necessário para a administração de medicamentos, monitoramento cardíaco e a ventilação do paciente pelo anestesiologista. As intervenções pautadas em evidências asseguram a realização do posicionamento cirúrgico com segurança, conforto e visam à prevenção de complicações nos sistemas tegumentar, neurológico, vascular e respiratório. Na cirurgia robótica, especialmente nos procedimentos de ginecologia, urologia e colorretais a posição de Trendelenburg é a mais comum e o paciente necessita de um posicionamento eficaz enfatizando a proteção nas áreas de pressão durante o transoperatório.



OBJETIVOS

Comparar e estabelecer o melhor dispositivo de posicionamento e fixação de pacientes na mesa cirúrgica para cirurgia robótica oncológica.



MÉTODO

Trata-se de relato de experiência sobre uso de dois dispositivos, colchão de gel e colchão a vácuo, que auxiliam no posicionamento cirúrgico e na fixação do paciente para cirurgia robótica oncológica. O estudo comparativo foi realizado num período de três meses no Centro Cirúrgico de uma Instituição Federal do Rio de Janeiro.



RESULTADOS

Em um período de três meses foram realizadas 19 (dezenove) Cirurgias Robóticas. Quantificando 04 (quatro) cirurgias da urologia, 12 (doze) pela cirurgia Abdômino-Pélvica, 02 (duas) cirurgias pela Cabeça e Pescoço 01 (uma) cirurgia Ginecologia. Observou-se que nas cirurgias onde a posição do paciente foi dorsal com angulação zero não houve significância entre o uso do colchão de gel para o de vácuo, porém nas cirurgias onde o posicionamento exigido foi o Trendelenburg, o colchão de vácuo ofereceu maior segurança em relação ao colchão de gel, pois cria uma área de superfície que se modela a anatomia do paciente.



CONCLUSÃO

Apesar de a cirurgia robótica ser minimamente invasiva e ter um tempo cirúrgico menor que a cirurgia convencional, algumas posições e especificidade do paciente oncológico podem ocasionar lesões e complicações. Através desse estudo observou-se que, apesar de indicados visando à prevenção lesões, os colchões (gel ou vácuo), utilizados na cirurgia robótica, estão diretamente relacionados ao posicionamento do paciente na mesa cirúrgica para ter resultado esperado. Nesse cenário é importante que o enfermeiro desenvolva suas habilidades na avaliação prévia do paciente, tendo como foco principal a segurança do paciente durante o percurso da cirurgia.



Palavras-chave:
 Robótica, Segurança do paciente, Tecnologia em saúde