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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 183-1

Poster (Painel)


183-1

O gerenciamento do enfermeiro na cirurgia robótica no âmbito do SUS

Autores:
Tardim,J1, Jesus,SA1, Ferreira,ARA1, Eliete,LFS1, Silva,DC1
1 INCA - Instituto Nacional de Câncer

Resumo:
INTRODUÇÃO

A cirurgia robótica é considerada um novo paradigma no conceito de cirurgia minimamente invasiva. Atualmente, a cada 36 segundos um cirurgião inicia um procedimento da Vinci.1 Hoje é real o auxílio de um robô para cirurgias menos invasivas, com recursos visuais em 3D, filtragem de tremores, menor risco de sangramento, diminuição do quadro álgico, menor risco de infecções, diminuição do tempo de internação e consequentemente ganhos na segurança do paciente.1 No Brasil, esta tecnologia está presente desde 2008. No Sistema Único de Saúde (SUS) a primeira cirurgia robótica foi realizada em um hospital federal oncológico do Rio de Janeiro, em março de 2012, em uma amigdalectomia transoral robótica.2 Por trás de todo o sucesso do ato cirúrgico, existe uma logística prévia otimizada pelo enfermeiro coordenador robótico, sendo ele, peça fundamental para o desenvolvimento do programa. Sua atuação requer capacitação específica e educação permanente da equipe de enfermagem.3



OBJETIVOS

Descrever a importância do gerenciamento do enfermeiro no programa de cirurgia robótica de um hospital da rede pública federal na cidade do Rio de Janeiro, RJ.



MÉTODO

Trata-se de um estudo descritivo, pautado no relato de experiência de enfermeiros que fazem parte do programa de cirurgia robótica, baseado na observação da prática assistencial de um centro cirúrgico de grande porte, de um hospital da rede pública federal na cidade do Rio de Janeiro, RJ.



RESULTADOS

Na Instituição em questão, o robô utilizado é o Da Vinci Si, onde foram realizadas no período de março de 2012 a dezembro de 2018, 812 cirurgias robóticas, das seguintes clínicas: cabeça e pescoço: 186 procedimentos; abdômen: 186 procedimentos; ginecologia: 220 procedimentos; urologia: 220 procedimentos. Destes, os procedimentos mais realizados, foram a prostatectomia robótica e a histerectomia com linfanedectomia robótica. As cirurgias foram financiadas com recursos do SUS, o que possibilitou o acesso desta tecnologia à pacientes economicamente menos favorecidos, visto tratar-se de um procedimento de custo elevado, o que ainda dificulta o aumento do número de procedimentos realizados. Neste período foram observados ganhos na diminuição do tempo de internação, menor quantidade de sangramento no período perioperatório, diminuição do quadro álgico no pós-operatório imediato e menor índice de infecção de riscos relacionados a saúde, informações que evidenciam os benefícios da cirurgia robótica no auxílio ao tratamento contra o câncer. O sucesso do programa foi resultado de todo um planejamento e negociação do comitê robótico do hospital, composto também pelo profissional enfermeiro. Sua gerência vai além da prática clínica, como a viabilização de recursos de materiais, posicionamento do paciente e montagem de sala. Ele é o elo entre o programa de cirurgia, médicos, fabricante e fornecedores, além de participar ativamente no desenvolvimento de pessoal e pesquisa.



CONCLUSÃO

O profissional enfermeiro tornou-se peça fundamental, enquanto integrante da equipe de cirurgia robótica, sendo o responsável pelo gerenciamento transoperatório, garantindo a qualidade da assistência e segurança ao paciente. É um especialista, com nível de conhecimento elevado em cirurgia robótica capaz de planejar e organizar a logística prévia para a realização das cirurgias, além de treinar e capacitar membros da equipe cirúrgica, aumentando suas habilidades com a finalidade de formar uma equipe mais confiante e independente, prontos a solucionar problemas e fornecer recursos para otimizar a sala cirúrgica.



Palavras-chave:
 Procedimentos Cirúrgicos Robóticos, Enfermagem Perioperatória, Sistema Único de Saúde