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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 174-1

Poster (Painel)


174-1

PERFIL E TEMPO DE PERMANÊNCIA DO PACIENTE INTENSIVO ASSISTIDO NA RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA

Autores:
LISIANE VIDAL LOPES MACHADO1, Dulcilene Pereira Jardim2, Karin Viégas1
1 UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, 2 FICSAE - Faculdade Israelita de Ciências da Saúde

Resumo:
INTRODUÇÃO

A quantidade de leitos de terapia intensiva tem se mostrado insuficiente frente à demanda apresentada pelos serviços de saúde na atualidade, resultando na necessidade de permanência de pacientes intensivos na Recuperação Pós-Anestésica (RPA) após a realização de procedimentos cirúrgicos.



OBJETIVOS

Identificar a frequência, perfil e o tempo de permanência de pacientes intensivos assistidos na RPA.



MÉTODO

Estudo transversal e retrospectivo, realizado à partir dos registros de admissões de pacientes na RPA no período de 5 anos (de julho de 2012 a julho de 2017), em um hospital público e de referência para atendimento de pacientes politraumatizados no Rio Grande do Sul. Aprovação do CEP sob CAAE: 78636917.8.0000.553.



RESULTADOS

No período estudado, foram admitidos na RPA um total de 22.333 pacientes, destes, 717(3,2%) eram pacientes intensivos, os quais foram mais frequentes no ano de 2016 com 14,7 pacientes/mês e no mês de outubro com média de 17,8 admissões a cada ano. Quanto à caracterização dos pacientes, 67,6% eram do sexo feminino, 61,2% em idade adulta (entre 19 e 59 anos), 61,5% em POI de neurocirurgia. O tempo de permanência na RPA variou de 30 minutos a 237 horas, sendo o tempo médio de 10,7 horas. Observou-se uma tendência de crescimento nos tempos médios de permanência durante o período investigado sem diferença significativa entre os tempos (p = 0,510). O destino de 95,8% dos pacientes foi a UTI para continuidade da assistência, enquanto 4,1% foram a óbito dentro da RPA.



CONCLUSÃO

Considerando a crescente da utilização da RPA como retaguarda da UTI, bem como o aumento no tempo de permanência desses pacientes, faz-se necessária a adequação do setor em sua estrutura física e operacional, especialmente no que diz respeito à equipe assistencial tanto em quantidade quanto em capacitação técnica necessárias para assegurar uma assistência de qualidade.



Palavras-chave:
 Período de recuperação da anestesia, Enfermagem em sala de recuperação, Enfermagem perioperatória, Cuidados intensivos