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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 172-2

Poster (Painel)


172-2

Sinais e sintomas em residentes expostos à inalação da fumaça cirúrgica

Autores:
Nathanye Crystal Stanganelli1, Karoline Hyppolito Barbosa1, Helenize Ferreira Lima Leachi1, Renata Perfeito Ribeiro1
1 UEL - Universidade Estadual de Londrina

Resumo:
INTRODUÇÃO

Os profissionais nas salas operatórias estão diariamente expostos à riscos ocupacionais, sejam eles biológicos, ergonômicos ou químicos. Uma dessas exposições esta relacionada a inalação da fumaça cirúrgica que é o produto da cauterização de tecidos durante o ato cirúrgico e é composta por diversas substâncias químicas (1,2),  capazes de desencadear a curto e a longo prazo, diversos sinais e sintomas como: sensação de corpo estranho na garganta, ardência de faringe, espirro, cefaleia, náuseas, vomito, congestão nasal, irritação dos olhos, irritação de outras mucosas como boca e nariz, fraqueza, tontura, lacrimejamento e lesões nasofaríngeas.(2,3)



OBJETIVOS

Comparar a prevalência de sinais e sintomas relacionados à inalação da fumaça cirúrgica em residentes expostos no primeiro e no quarto mês de residência.



MÉTODO

Estudo transversal, comparativo, realizado em duas instituições hospitalares com médicos residentes expostos à inalação da fumaça cirúrgica. A coleta de dados ocorreu em dois momentos, março e junho de 2018, com a utilização de um instrumento contendo a caracterização da população e os sinais e sintomas citados na literatura.



RESULTADOS

A amostra foi composta por 46 residentes expostos a fumaça cirúrgica. Houve o aumento do primeiro para o quarto mês dos sintomas de sensação de corpo estranho na garganta de 8,7% para 17,4%, congestão nasal de 26,1% para 32,6% e irritação de outras mucosas de 6,5% para 15,2%. Sintomas como a ardência de faringe e lesões nasofaringeas que não eram relatados no primeiro mês de residência, apresentaram prevalência no quarto mês, respectivamente, de 15,2% e de 8,7%. A média de cirurgias por residente no primeiro mês foi de 26 e no quarto mês essa média chegou em 32,7 cirurgias.



CONCLUSÃO

Os residentes médicos expostos a fumaça cirúrgica apresentaram maior prevalência de sinais e sintomas no quarto mês de especialização, momento em que estão mais inseridos na prática, mostrando que a exposição à fumaça cirúrgica pode favorecer o desenvolvimento dos sinais e sintomas avaliados.



Palavras-chave:
 Fumaça , Sinais e sintomas, Trabalhadores da saúde