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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 163-2

Poster (Painel)


163-2

Inserção na Sala de Recuperação Anestésica: percepção da família do paciente cirúrgico

Autores:
Renata Meneghin1,3, Dolores Ferreira de Melo Lopes1, JOÃO PAULO BELINI JACQUES1,2
1 UEL - Universidade Estadual de Londrina, 2 HCL - Hospital do Câncer de Londrina, 3 HOSPITAL DO CORAÇÃO - Hospital do Coração de Londrina

Resumo:
INTRODUÇÃO

A presença da família na sala de espera do centro cirúrgico é um fato constante no cotidiano hospitalar durante o transoperatório.  Na maioria das vezes, as normas, protocolos, e a estrutura física do ambiente cirúrgico favorecem o afastamento do paciente e seu familiar, aumentando a insegurança, medos e anseios para ambas as partes(1) . Após a entrada do paciente no centro cirúrgico, cria-se um vácuo de comunicação, gerando dúvidas, angústia e incertezas que somente são amenizadas  quando o paciente é liberado da Sala de Recuperação Anestésica.  



OBJETIVOS

Compreender a percepção da família sobre sua inserção na Sala de Recuperação Anestésica no Pós Operatório Imediato.



MÉTODO

Pesquisa qualitativa realizada no estado do Paraná. Foram entrevistados 15 familiares de pacientes adultos e que entraram na Sala de Recuperação Anestésica no Pós Operatório Imediato e permaneceram com seus familiares submetidos à alguma intervenção cirúrgica. A entrevista foi realizada após a saída do familiar da Sala de Recuperação Anestésica. Realizou-se coleta dos dados por meio de entrevista semi-estruturada com a seguinte questão norteadora: O que significou para você entrar na Sala de Recuperação Anestésica e permanecer com seu familiar após a cirurgia? A coleta de dados compreendeu os meses de janeiro e fevereiro de 2018.



RESULTADOS

A análise dos discursos dos familiares permitiram a construção de três categorias: Categoria 1- A espera do transoperatório: um período cercado de sentimentos, onde os entrevistados verbalizaram seus sentimentos, enquanto aguardam o procedimento na sala de espera do Centro Cirúrgico, tais como, apavoramento, medo, ansiedade, nervosismo e apreensão. Ao falar desta diversidade de sentimentos apontaram os motivos pelos quais sentem-se desta maneira destacando principalmente o medo da morte e dos riscos causados pelo procedimento anestésico. Categoria 2-  Percebendo a inserção na SRA   como uma experiência benéfica para a família e para seu familiar. O relato das famílias entrevistadas evidenciam que sentiram-se mais tranquilos e aliviados após serem inseridos na Sala de Recuperação Anestésica, amenizando as preocupações sentidas na sala de espera. Da mesma forma, os entrevistados verbalizaram que por meio de expressões verbais, e não-verbais do seu familiar submetido a cirurgia perceberam  que os sentimentos de alívio, proteção  e afetividade também foram experimentados pelos mesmos  ao visualizarem  sua permanência na Sala de Recuperação Anestésica . Categoria 3- A percepção da SRA e do cuidado: motivos de segurança e confiança. Os familiares verbalizam nessa categoria a sua percepção sobre o cuidado prestado na Sala de Recuperação Anestésica. Revelaram que não sabiam da existência deste ambiente no Centro Cirúrgico e que a visualização da assistência prestada pela equipe de enfermagem, terem as suas dúvidas esclarecidas   e a monitorização constante do seu familiar foram motivos de segurança e confiança no cuidado prestado.



CONCLUSÃO

Este estudo nos permitiu compreender que a permanência do familiar na sala de espera durante o transoperatório está cercado de ansiedade, preocupações e medos. A oportunidade de entrar na Sala de Recuperação Anestésica e permanecer por algum tempo com seu familiar neste ambiente, possibilita o esclarecimentos de dúvidas, gerando  sentimentos de tranquilidade e confiança na assistência recebida. O contato paciente cirúrgico e família na Sala de Recuperação Anestésica, é uma prática humanizadora que traz benefícios importantes para  ambos os lados.



Palavras-chave:
 Família, Emoções, Comunicação, Enfermagem de Centro Cirúrgico