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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 136-1

Poster (Painel)


136-1

Controle de carga para esterilização

Autores:
Michelle Jaime1, Camila Borba Ferreira1, Luiza Casais de Moraes1, Carmen Eulalia Pozzer3, Rita Catalina Aquino Caregnato1
1 UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre , 3 ISCMPA - Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre

Resumo:
INTRODUÇÃO

O processo de esterilização necessita de padrões rigorosos para garantir resultado eficaz com alto nível de qualidade; para isso, essa etapa depende de variáveis como: limpeza, preparo do material e carregamento da autoclave. Essa última variável, se realizada de forma incorreta, compromete a carga gerando inconformidades inviabilizando a utilização segura dos materiais expostos a esse processo1. Segundo as Diretrizes Práticas da SOBECC1, há três critérios a serem observados no carregamento da autoclave: o preenchimento da câmera interna deve atingir no máximo 80% de sua capacidade e os materiais não devem encostar nas paredes internas; os materiais devem seguir padrão de tamanho e peso máximos, devendo ser validados durante a qualificação da carga; e deve haver registro dos parâmetros físicos a cada ciclo.



OBJETIVOS

Relatar a experiência de acadêmicas de um curso de Graduação em Enfermagem sobre a visita a um Centro de Materiais de Esterilização (CME) e divulgar a prática de registro fotográfico adicional realizado após o carregamento de carga na autoclave a ser submetido ao processo de esterilização.



MÉTODO

Relato da experiência de três acadêmicas do 5º semestre de uma Universidade Federal de Porto Alegre, RS, cursando a disciplina de Saúde do Adulto I, que aborda assistência de enfermagem ao paciente clínico e cirúrgico. Durante a prática supervisionada realizaram visita a um CME de referência que atende sete hospitais. A disciplina complementa com prática o conhecimento das aulas teóricas.



RESULTADOS

Durante a visita, as acadêmicas observaram minuciosamente os processos executados em todas as áreas do CME, atentando ao registro fotográfico da carga na etapa pré-esterilização na autoclave. Observou-se a importância do carregamento correto da câmera interna e a distribuição adequada dos materiais, permitindo a total remoção do ar interno e a circulação do vapor por todo espaço. Foi possível as acadêmicas identificarem que a distribuição da carga se dá de forma piramidal dentro do carrinho e os critérios preconizados pelas Diretrizes Práticas da SOBECC são obedecidos. Os registros dos parâmetros são efetuados conforme legislação vigente, acrescidos de uma prática exclusiva da instituição para controle por meio de registros fotográficos de cada carga, quando o material está organizado no carrinho, antes de entrar na autoclave. A foto contém hora, data, número da autoclave e ciclo, e no momento em que a foto é feita, possibilita ao enfermeiro identificar irregularidades corrigindo imediatamente. Os registros são armazenados manualmente nos computadores da instituição, sendo impressos somente quando há investigação de alguma carga. Geralmente os CME do Brasil preconizam controles baseados na legislação vigente e nas boas práticas; em outros países, utilizam-se cestos padronizados, limitando o peso e organizando a carga, garantindo um carregamento adequado. Já a instituição visitada utiliza como adicional o registro fotográfico da carga.



CONCLUSÃO

Complementando o embasamento teórico, a observação da prática proporcionou um aprofundamento do conhecimento sobre CME, permitindo visualizar particularidades que não foram abordadas na teoria. As acadêmicas almejam com este relato valorizar as práticas como forma de aprendizado e divulgar a forma de registro fotográfico da instituição visitada, como uma ação inovadora que possibilita controle qualificando o processo, podendo ser também uma alternativa de rastreabilidade e controle para hospitais que não possuem o processo de forma informatizada.



Palavras-chave:
 Enfermagem , Esterilização , Segurança do paciente