INTRODUÇÃO
As fissuras labiopalatinas compreendem um grupo de malformações de etiologia complexa e multifatorial, que acomete, aproximadamente, uma criança a cada 500-700 nascimentos no mundo todo. Os diagnosticados com esta malformação necessitam de tratamento adequado, visto que sua reabilitação é longa e requer cuidados clínicos e cirúrgicos específicos. Portanto, faz-se necessário o estudo deste agravo por equipes multiprofissionais para compreender seu comportamento nas populações e para que se possam estabelecer novas diretrizes para o diagnóstico, tratamento e prevenção de fissuras.
OBJETIVOS
Buscou-se conhecer as necessidades da clientela atendida no hospital de referência para o tratamento clínico-cirúrgico de portadores de fissuras labiopalatinas do centro-oeste brasileiro e propor uma sistematização da assistência de enfermagem perioperatória específica para esses pacientes.
MÉTODO
Estudo descritivo no qual foram estudadas e apresentadas as práticas de assistência de enfermagem perioperatória especificamente aplicadas ao pacientes com fissuras labiopalatinas, realizadas no hospital de referência para diagnóstico e tratamento deste agravo de saúde do Distrito Federal – Brasil. Foram coletados dados referentes a pacientes que se submeteram a procedimentos cirúrgicos para a correção destas fissuras no período de junho a outubro de 2017 e realizado um emparelhamento artificial para comparação com pacientes operados no mesmo período do ano anterior. Os dados foram divididos nas fases que constituem o perioperatório para que fossem identificadas as estratégias ideais para realizar a sistematização do cuidado desse grupo de pacientes.
RESULTADOS
Os pacientes que tiveram seus dados analisados nos dois períodos apresentam perfil epidemiológico semelhante. Entretanto, não foi possível fazer estudos comparativos sobre o estado físico do paciente e o risco de desenvolvimento de eventos cardíacos durante o transoperatório em pacientes não cardiopatas, devido à ausência destas informações em um número expressivo de casos analisados do ano de 2016. Ainda, foram identificadas estratégias de cuidado no transoperatório e pós-operatório baseadas em evidência científica no grupo submetido aos métodos de cuidado propostos. Assim, foi possível aperfeiçoar a avaliação dos pacientes na sala de recuperação pós-anestésica, identificando os níveis de dor e as intercorrências mais recorrentes o que contribuiu para orientar a equipe na identificação de complicações pós-operatórias.
CONCLUSÃO
Assim, pode-se perceber que ao aplicar a proposta do cuidado baseado nas evidências científicas obteve-se como resultado uma queda na taxa de complicações, além da otimização do tratamento e recuperação dos pacientes, sendo possível fornecer melhoria da utilização de recursos materiais e humanos.