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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 113-1

Poster (Painel)


113-1

Análise do conteúdo das conversas via WhatsApp® de pacientes no pós-operatório de cirurgias cardíacas.

Autores:
Ana Beatriz Serra Hercules1, Thalita Gomes do Carmo1, Rosimere Ferreira Santana1, Aline Marins Paes Carvalho1, Victor Ferreira Teixeira da Silva1
1 UFF - Universidade Federal Fluminense

Resumo:
INTRODUÇÃO

O período após a alta hospitalar depois de um procedimento cirúrgico é complicado, pois podem surgir dúvidas com relação aos cuidados realizados no domicílio, uma vez que o período de internação se torna cada vez mais curto e a educação pós-operatória pode ser bastante extensa, impossibilitando a compreensão completa dos cuidados necessários a serem realizados no pós operatório(1). Por meio do contato via telefone é possível oferecer diversas informações como sanar as dúvidas quando necessário, diminuir a ansiedade dos pacientes, aumentar o vínculo com os profissionais e a satisfação de quem recebe os cuidados(2). A pesquisa em questão optou por realizar o contato telefônico via WhatsApp®, pois é um aplicativo de mensagem instantânea, acessível de diversos lugares do mundo e utilizado por mais de um bilhão de pessoas(3), como forma de acompanhamento do pós alta hospitalar de cirurgias cardíacas, ou contato telefônico quando não era obtida resposta.



OBJETIVOS

Identificar o perfil dos pacientes que responderam aos contatos telefônicos via WhatsApp® comparado aos que receberam chamadas telefônicas e identificar quais são as palavras mais recorrentes nos discursos dos pacientes submetidos a cirurgia cardíaca via WhatsApp®.



MÉTODO

 Para a análise das palavras, foi utilizado um algoritmo de contagem de frequência de cada palavra, gerando uma “nuvem de palavras”. Já o para o perfil, foi utilizado o Microsoft Excel 2016 foi utilizado para analisar quantitativamente o perfil dos pacientes.



RESULTADOS

A pesquisa tem uma amostra de 181 pacientes submetidos a cirurgia cardíaca, sendo 14 óbitos intrahospitalares e 167 pacientes que receberam alta hospitalar. Os pacientes que responderam via WhatsApp® foram 43 homens e 33 mulheres, totalizando 81 pessoas, com média de idade de 58 anos e média de dias de internação de 36 dias. Enquanto os que realizaram chamada telefônica foram 63 homens e 23 mulheres, totalizando 86 pessoas, com média de idade de 60 anos e média de dias de internação de 35 dias.  Os que responderam via WhatsApp® geraram conversas salvas em arquivo Microsoft Word 2016, e seu conteúdo foi transformado em três nuvens de palavras. As palavras mais frequentes foram: “tudo bem”, “ainda sinto dores”, “bem o médico disse”, “fazer exame de sangue”, “bem cicatriz”, “alimentando bem”, “hospital”, “consulta” e “agradeço a atenção”.



CONCLUSÃO

No que se refere ao perfil, não há muita divergência, já que a amostra do estudo foi homogênea, mas o que se destaca é que a média de idade foi menor em quem respondeu via WhatsApp e que os homens responderam mais a chamada telefônica do que a mensagem instantânea. O conteúdo da nuvem de palavras demonstra que os pacientes estão tendo uma boa recuperação cirúrgica de acordo com a equipe médica, porém não de acordo com eles esperavam, que realizam o acompanhamento hospitalar, que ainda há presença de dor e que há satisfação e gratidão por continuar tendo contato com um profissional da saúde que acompanhou o processo perioperatório. Esses achados confirmam então, que o aplicativo de mensagem instantânea WhatsApp pode cumprir a função de acompanhar o seguimento do paciente cirúrgico no pós-operatório com eficácia.



Palavras-chave:
 Alta do paciente, Enfermagem cardiovascular, Enfermagem perioperatória, Telenfermagem