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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 104-1

Poster (Painel)


104-1

Núcleos de segurança do paciente em hospitais de Salvador - Ba

Autores:
Eliana Costa1, William Lobão1, Camila Lapa1, Nathália Muraiviechi1
1 UNEB - Universidade do Estado da Bahia

Resumo:
INTRODUÇÃO

Os avanços tecnológicos incorporados aos cuidados à saúde têm possibilitado muitos benefícios para restauração da saúde e prolongamento da vida. No entanto, a utilização dessas tecnologias trouxe, também, sérios riscos para o paciente, suscitando questões teórico-práticas de segurança e efetividade dos processos.  Nesse contexto, milhares de pacientes sofrem danos decorrentes de erros diagnósticos e terapêuticos ocorridos durante os cuidados à saúde, e o papel dos hospitais, das agências reguladoras e de gestores dos serviços de saúde têm sido amplamente discutidos, bem como a identificação dos fatores de risco que comprometem a segurança do paciente.



OBJETIVOS

Caracterizar os núcleos de segurança do paciente (NSP) em hospitais de grande porte de Salvador, BA, tendo em vista a proteção da saúde dos pacientes internados nessas instituições.



MÉTODO

Estudo de avaliação, descritivo de casos múltiplos, cuja unidade de análise foi a implementação das ações dos núcleos de segurança do paciente (NSP) dos hospitais avaliados chamados nesta metodologia de casos. Participaram do estudo os hospitais públicos e privados considerados de grande porte (número de leitos maior do que 150), localizados na região metropolitana de Salvador, BA, selecionados a partir dos dados da Secretaria de Saúde da Bahia, com identificação de 20 hospitais. A coleta de dados foi feita entre outubro de 2017 a outubro de 2018, constou de entrevistas com profissionais dos Núcleos de Segurança do Paciente (NSP) desses hospitais.



RESULTADOS

Dos 20 NSP existentes, estudou-se 12 (60%). Todos os hospitais estudados (100%) possuem NSP formalmente constituídos, (91,7%) com Plano de Segurança do Paciente e (50%) contam com um profissional com dedicação exclusiva. Dos protocolos básicos recomendados pelo Ministério da Saúde, somente sete NSP (58,3%) implementam todos esses, cinco (41,6%) implementam apenas alguns, e dois núcleos (16,7%) não implementam nenhum dos protocolos obrigatórios, configurando infração sanitária e descumprimento da legislação vigente. Os protocolos de segurança mais implementados são identificação do paciente (83,3%), higienização das mãos (83,3%), cirurgia segura (75%) e prevenção de lesão por pressão (75%). Os principais eventos adversos (EA) identificados foram: lesão por pressão (88,9%), queda do leito (77,8%), e erros de medicamentos (75%).  



CONCLUSÃO

Todos os NSP estudados atuam de modo planejado. A alta incidência de lesão por pressão, queda no leito e erros de medicação identificados, sinaliza necessidade de adequações em prol da segurança do paciente. Ademais, observa-se que esses NSP não atendem totalmente às políticas regulatórias em vigor no que diz respeito à existência de um profissional exclusivo para essas atividades, adesão aos protocolos e notificação de EA aos órgãos fiscalizadores, merecendo, portanto, de adequações e maior controle sanitário a ser exercido pela Vigilância Sanitária.



Palavras-chave:
 Segurança do paciente, Dano ao paciente, Legislação hospitalar