INTRODUÇÃO
O tema dimensionamento de recursos humanos em enfermagem tem permeado as inúmeras esferas da complexidade do atendimento, dentre elas a qualidade do cuidado, resultados da atenção, satisfação do cliente, carga de trabalho, horas de assistência de enfermagem. A determinação do número e da composição da equipe enfermagem se dá, dentre outros critérios, pelo tipo e complexidade do serviço prestado. O dimensionamento de recursos humanos é uma atividade/habilidade gerencial do enfermeiro, que envolve a previsão de pessoal sob os enfoques quantitativos e qualitativos, com vista ao atendimento das necessidades da clientela, na busca de uma melhor qualidade possível da atenção. Mediante uma previsão apropriada de pessoal de enfermagem, as instituições de saúde podem racionalizar custos e aperfeiçoar a dinâmica assistencial.
OBJETIVOS
Descrever do dimensionamento de recursos humanos na experiência do enfermeiro gestor na distribuição das atividades da equipe de enfermagem nos processos cuidados oftalmológico, sendo eles clínicos e cirúrgicos, em um hospital público de Goiânia.
MÉTODO
Trata-se de um relato de experiência, vivenciado no segundo semestre de 2017. O desenvolvimento do estudo foi motivado pela percepção da autora sobre a necessidade de inserir a temática do dimensionamento de recursos humanos da equipe de enfermagem, conforme orientações da Resolução do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nº293/2004. A experiência relatada se refere ao desenvolvimento de uma responsabilidade do enfermeiro gestor, na tentativa de evidenciar a importância do ponto de vista gerencial e alunos que cursam enfermagem, em tese, reforça a opinião sobre tornar a temática uma abordagem obrigatória no curso de graduação e pós graduação em enfermagem.
RESULTADOS
O dimensionamento de pessoal foi obtido aplicando-se a fórmula proposta para unidade especial pela Resolução COFEN n° 0527/2016. Para os enfermeiros, 2 (SF) x 3 (turnos) = 3 x 5 (dias segunda à sexta) = 15 SF + 1 (SF) x 3 (turnos) = 3 x 2 (dias sábado e domingo) = 8 técnicos em enfermagem e 2 SF de enfermeiros, para cada período. Neste estudo, o número de técnicos e de enfermeiros também foi menor, porém, é importante ressaltar que a Resolução dispõe sobre o quantitativo mínimo de pessoal de enfermagem e que cada instituição pode adequá-lo segundo suas características e processos de trabalho adotados, mantendo um número superior ao proposto pela referida resolução.
CONCLUSÃO
A percepção dos enfermeiros apresentou conotações positivas acerca da temática. Relataram estar mais preparados para enfrentar situações de dimensionamento e distribuições de tarefas, compreendendo melhor a importância da assistência segura de enfermagem. De acordo com o entendimento dos enfermeiros em relação à distribuição dos cuidados à serem, prestados ao paciente de acordo com a necessidade de cada indivíduo , esta contribuiu de maneira significativa para o crescimento científico dos mesmos. Evidenciou-se que a inserção do dimensionamento em equipe de enfermagem na gestão hospitalar contribui para o empoderamento do futuro profissional às responsabilidades atitudinais. Pois na maioria das vezes, as instituições querem economizar e começam com cortes de funcionários, diminuindo assim a qualidade da assistência prestada e diminuindo a segurança do paciente, colocando em riscos a assistência à saúde. Consideramos que o presente trabalho traz grandes possibilidades para o campo do conhecimento no que diz respeito ao dimensionamento em equipe de enfermagem, uma vez que ao ser debatido no âmbito profissional, que é a base para uma assistência à saúde de qualidade, este colabora para a construção crítica, ética, científica e técnica dos enfermeiros.