Com o envelhecimento acentuado da população pelo aumento da expectativa de vida, uma das consequência desse envelheicmento populacional são os problemas ortopédicos  cada vez mais incidentes nos serviços de saúde o qual uma boa parcela são pacientes que necessitam submeter-se a procedimentos cirurgicos. As Infecções de Sítio Cirúrgico ocorrem propriamente na incisão cirúrgica ou em tecidos manipulados durante a cirurgia. No Brasil, estima-se que as ISC ocorram em cerca de 14 a 16%, sendo que 93% destas ISC são consideradas severas, chegando a infectar órgãos e cavidades. Existem inúmeros fatores de risco para desenvolvimento de uma ISC podendo ser intrínsecos e/ou extrinsecos. Estão relacionadas com o prolongamento das internações e aumento de morbimortalidade, além do componente financeiro, já que geram um aumento de custos significativo para as instituições. Dessa forma, a prevenção e controle das mesmas são de fundamental importância para a segurança e a qualidade da assistência aos pacientes.A antibioticoprofilaxia cirúrgica se tornou uma grande aliada nesse aspecto preventivo, por contribuir positivamente para a redução do risco de desenvolvimento de uma ISC.. Estudos mostraram que quando os antibióticos foram administrados dentro de 30 minutos antes da incisão, houve uma diminuição expressiva na incidência de ISC.

Analisar as Fichas de Anestesia, no que diz respeito à antibioticoprofilaxia, de pacientes idosos submetidos a procedimentos cirúrgicos ortopédicos, para constatar se há compatibilidade em relação ao que é preconizado em protocolo institucional, traçando o perfil da conduta médica tomada.

Estudo coorte retrospectivo ao período de janeiro a março de 2018, quantitativo, com a finalidade de analisar a compatibilidade das condutas médicas, comparando-as com o preconizado em protocolo institucional, tendo como critério de inclusão a análise de todas as fichas anestésicas de pacientes idosos (>60 anos) submetidos à cirurgia ortopédica neste período, em um hospital-escola terciário, localizado na região sudeste do Brasil. O protocolo institucional, intitulado Profilaxia Antimicrobiana Perioperatória, emitido no hospital-escola em setembro de 2017, tem como principais objetivos otimizar a prescrição da antibioticoprofilaxia cirúrgica, determinando sua padronização quanto ao tipo de antibiótico, suas dosagens, intervalos e tempo de uso.

Foram analisadas 257 fichas anestesicas. De acordo com o protocolo institucional, ao analisar as fichas anestesicas, houve um predominio de conformidade em relaçao a conduta médica. Em relação à administração no horário de acordo com protocolo, também houve um predomínio de conformidade, sendo, (219) 85,21% de acordo e (13) 5,05 sem informação. Em relação ao tipo de antibiótico, também há predomínio de condutas de acordo com protocolo (226) 87,93. E por fim, em relação à dose administrada, também houve número expressivo de conformidades, sendo, (205) 79,76% de acordo e (29) 11,28% desconsiderados por já não haverem tido conformidade em relação ao tipo de ATB administrado.

Verificar a eficácia de um protocolo institucional já usado na prática é analisar se o que foi prospoto está sendo seguido é essencial para a boa pratica e segurança do paciente. Nota-se que mesmo com numeros expressivos de coformidades, ainda está distante do objetivo de um protocolo de antibioticoproflaxia cirurgico que é de abranger a totalidade cirurgica com antibiotico prospoto, quando indicada, com eficacia e eficiencia.