INTRODUÇÃO
Sabemos que o uso da lista de verificação de cirurgia segura desenvolvido pela Organização mundial da Saúde – OMS, é uma ferramenta eficaz e que possibilita aos profissionais da saúde e ao paciente, aumento da segurança na prática do ato cirúrgico, reduzindo a ocorrência de eventos adversos e a mortalidade cirúrgica. “Estudo realizado em oito países encontrou uma redução de 11% para 7% da ocorrência de complicações em pacientes cirúrgicos e uma diminuição de mortalidade de 1,5% para 0,8% com adoção da lista de verificação” (BRASIL, 2013). De fácil aplicabilidade, composta por três fases: I- antes da indução anestésica, II- antes da incisão cirúrgica, III- antes do paciente sair da sala de cirurgia, podendo ser conduzida por qualquer membro da equipe (cirurgiões, anestesistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, estudantes e residentes) seguindo as diretrizes da instituição.
OBJETIVOS
Relatar a experiência da presença continua do enfermeiro na sala de recuperação pós-operatória e sua influência no aumento do índice do correto preenchimento do check list de cirurgia segura.
MÉTODO
Trata-se de um estudo exploratório e descritivo com abordagem ancorada no relato de experiência, desenvolvido a partir de vivências de enfermeiros na sala de recuperação pós-operatória para avaliar o correto preenchimento do check list de cirurgia segura de todos os pacientes que se submeteram a um procedimento cirúrgico e foram transferidos para a sala de recuperação pós-anestésica, em um Hospital Universitário, localizado no município de Natal/RN, no período de Janeiro a Março de 2019.
RESULTADOS
Devido o decréscimo no percentual de adesão ao check list cirúrgico nos meses de janeiro (58.8%) e fevereiro de 2019 (70.6%), sabendo que a média da instituição estava de (58.8%). Houve convocação dos enfermeiros do centro cirúrgico pela chefia imediata para discutir estratégias visando melhorar nossas ações frente a essa situação, entendendo que a educação continuada em enfermagem faz parte de um processo ensino/aprendizagem de educação profissional e constitui-se uma ferramenta importante para aperfeiçoar os trabalhadores inseridos neste serviço de saúde. Diante disso no dia 25/02/2019 em uma reunião setorial ficou decidido que manteríamos um enfermeiro na sala de recuperação pós-operatória em todos os turnos. Ficando assim sob a responsabilidade do mesmo avaliar os check lists de todos os pacientes na sala de recuperação, quanto ao seu correto preenchimento e sempre que necessário questionando o motivo do não preenchimento, e quando diagnosticado a falha, fazendo a intervenção educativa frente ao problema apresentado, esclarecendo dúvidas. Com essa medida observou-se uma melhora quanto a adesão ao check list de cirúrgica segura já no mês seguinte, em março de 2019, chegando ao percentual de (88.2%).
CONCLUSÃO
O presente relato nos possibilitou perceber que a aplicabilidade de indicadores de qualidade em centro cirúrgico, ajuda na obtenção de dados concretos e conduz o enfermeiro enquanto gestor e educador em saúde, identificar onde os erros estão mais visíveis, e a partir dos achados ir em busca de soluções para um melhor desenvolvimento da assistência aplicada aos pacientes. Contudo ainda é necessário buscar novas estratégias para que possamos alcançar o índice de 100% na correta aplicabilidade do instrumento, promovendo assim um ambiente com o menor número de erro aceitável.