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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 73-5

Poster (Painel)


73-5

Simulação clínica sobre cirurgia segura: construção e desenvolvimento de cenários

Autores:
Mônica Vanessa Ochôa da Silva1, Karin Viegas1, Rita Catalina Aquino Caregnato1
1 UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

Resumo:
INTRODUÇÃO

A inserção de metodologias ativas no processo de ensino-aprendizagem em Enfermagem é uma estratégia eficiente na formação de profissionais críticos, criativos e comprometidos com as práticas seguras.1 No Brasil, a aplicação de métodos ativos é impulsionada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de graduação em Enfermagem, que salientam a necessidade de transformações curriculares mediante metodologias centradas no discente e inserção de tecnologias educativas.2 Nesse contexto, a simulação clínica surgiu como ferramenta valorizada pela possibilidade de aprendizagem centrada no aluno com a experiência prática em um ambiente seguro. A imersão em cenários clínicos permite a familiarização com a assistência, favorece o desenvolvimento cognitivo, a autoconfiança nas tomadas de decisão, o trabalho em equipe, desenvolvimento de competências, habilidades psicomotoras, afetivas e perceptivas.2,3



OBJETIVOS

Descrever a construção de cenários e o desenvolvimento de simulação clínica para o processo de ensino-aprendizagem sobre cirurgia segura.



MÉTODO

Relato de experiência envolvendo as etapas de construção de cenários e o desenvolvimento da simulação clínica com acadêmicos em enfermagem sobre cirurgia segura, em uma disciplina que aborda o cuidado ao paciente adulto clínico e cirúrgico, de uma universidade pública federal, fundamentada pelas diretrizes da Organização Mundial da Saúde: cirurgias seguras salvam vidas (2009) e guia curricular multiprofissional de segurança do paciente (2011). A atividade fez parte do projeto elaborado a partir de um mestrado profissional em Enfermagem e foi desenvolvida em abril e maio de 2019.



RESULTADOS

Foram construídos dois cenários baseados em situações da prática profissional do enfermeiro perioperatório. O primeiro referente ao controle e prevenção de infecções de sítio cirúrgico. O segundo com enfoque na aplicação da lista de verificação de segurança cirúrgica. Houve preocupação com todas as etapas que envolvem a simulação clínica: briefing, fidelidade na construção dos cenários e realização de debriefing estruturado. A avaliação dos cenários foi realizada através de instrumentos validados. Para os docentes da graduação em Enfermagem foi aplicado instrumento para apreciação do design da simulação, ou roteiro pedagógico. Para os acadêmicos de enfermagem, instrumento para análise dos cenários como estratégia de prática educativa.



CONCLUSÃO

A assistência do enfermeiro perioperatório é uma atividade complexa, envolvendo uma série de conhecimentos, habilidades, comportamentos e atitudes. A simulação permitiu a reflexão dos acadêmicos sobre a sua atuação com foco na segurança do paciente, incluindo a capacidade de exercer o que se aprendeu em sala de aula a partir de conhecimentos significativos construídos pela aproximação da teoria com a prática e realidade profissional. Estimulou-se a participação ativa dos discentes e seu raciocínio clínico para um cuidado seguro e qualificado do paciente cirúrgico.



Palavras-chave:
 Simulação, Educação em enfermagem, Enfermagem perioperatória, Segurança do paciente