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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 73-2

Poster (Painel)


73-2

Segurança no posicionamento cirúrgico: implementação da avaliação de risco

Autores:
Denilse Damasceno Trevilato1, Marcia Rosa da Costa1, Rita Catalina Aquino Caregnato1
1 UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde

Resumo:
INTRODUÇÃO

A imobilidade planejada durante o período intraoperatório é fator de risco aumentado para ocorrência de lesões nervosas, articulares e por pressão, decorrentes do posicionamento cirúrgico1,2. Embora a palavra final em relação ao posicionamento seja do cirurgião, para possibilitar a realização do acesso ao sítio operatório, esse deve ser encarado de forma multidisciplinar. A identificação do risco é realizada pelo enfermeiro e este deve se envolver no planejamento através da capacitação da equipe e disponibilização de dispositivos para melhor acomodação do paciente1,2,3



OBJETIVOS

Conhecer sob a ótica de enfermeiros de um Centro Cirúrgico (CC) em relação à segurança no posicionamento cirúrgico do paciente.



MÉTODO

Estudo exploratório descritivo qualitativo, com participação de sete enfermeiros do CC de um hospital privado de grande porte na região sul do Brasil, com utilização da técnica de Grupo Focal. Coleta de dados realizada no mês de agosto de 2018, após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) das instituições envolvidas. Realizada análise de conteúdo temática de Bardin.



RESULTADOS

Após análise das transcrições emergiram seis categorias temáticas: segurança do paciente; riscos do paciente cirúrgico; enfermeiro em sala cirúrgica; capacitação; envolvimento da equipe multidisciplinar; e implantação da escala ELPO. Identificado pelos enfermeiros como maior risco dos pacientes cirúrgicos desenvolver lesões decorrentes do posicionamento, sendo destacado como fundamental para prevenção deste a presença do enfermeiro em sala cirúrgica com o papel de avaliação do risco e capacitação da equipe. O conhecimento prévio da escala de avaliação de risco ELPO1 foi destacado como facilidade para implantação dessa avaliação, e a importância dessa para o planejamento do cuidado. Assinalado em relação às barreiras para implantação: o fator tempo, ajustamento da rotina, disponibilidade do enfermeiro durante o posicionamento e aplicação da escala ELPO.



CONCLUSÃO

Os enfermeiros identificaram os riscos do paciente em relação ao posicionamento cirúrgico, e consideram indispensável a presença dos mesmos em sala cirúrgica para realização da avaliação do paciente. Destacada à importância do planejamento para segurança e redução do risco de lesão por posicionamento. A implantação de escala validada auxilia na identificação do paciente em risco e fornecendo subsídios para ação preventiva do enfermeiro, contribuindo para promoção da segurança no cuidado deste paciente.



Palavras-chave:
 Segurança do paciente, Posicionamento do paciente, Medição de risco