INTRODUÇÃO
Introdução: Devido à grande ocorrência de eventos adversos (EA) nas instituições hospitalares, a Organização Mundial da Saúde (OMS) implementou o Segundo Desafio Global para a segurança do paciente, denominado Cirurgias Seguras Salvam Vidas, por meio de um conjunto de medidas voltadas à prevenção de EA, que ocorrem em todo o período perioperatório. A proposta dessa Lista de Verificação, também conhecida por checklist cirúrgico, é fortalecer as práticas de segurança aceitas e promover a melhor comunicação e o trabalho efetivo entre a equipe multidisciplinar.
OBJETIVOS
Objetivos: Verificar a ocorrência de EA ou near miss (quase erro) no processo cirúrgico, com a aplicação do checklist, nas fases sign in e timeout e identificar as inconformidades na aplicação do checklist cirúrgico.
MÉTODO
Método: Estudo descritivo-exploratório, retrospectivo, documental, com análise quantitativa. A pesquisa foi realizada em um hospital geral, privado, de extra porte, localizado em São Paulo. A amostra foi constituída por banco de dados de 552 pacientes cirúrgicos, nos quais foram aplicadas as fases de sign in e timeout do protocolo de cirurgia segura e que apresentaram ou não complicações, mesmo diante da aplicação do checklist. Para coleta dos dados, foi utilizado um formulário relativo à execução da aplicação do timeout, itens identificados pelo coordenador do checklist, checagem dos itens e ocorrência de EA ou near miss durante o procedimento.
RESULTADOS
Resultado: Dos 552 pacientes submetidos ao procedimento cirúrgico, 248 checklists (45,0%) estavam completos, com predominância de 279 pacientes (50,5%) do sexo feminino e 114 pacientes (46,0%) com idade entre 31 a 40 anos. Prevaleceu o tipo de anestesia geral em 467 pacientes (84,6%); os técnicos de enfermagem foram responsáveis pela condução de 516 checklists (94,0%); 510 cirurgiões (92,0%) e 541 anestesiologistas (98,0%) realizaram a pausa cirúrgica.
CONCLUSÃO
Conclusão: Apesar de existir inconformidades na aplicação do checklist, não houve nenhum evento adverso ou near miss em sua aplicação. Contudo, a aplicação do protocolo de cirurgia segura é essencial e tem o intuito de barrar complicações e eventos adversos voltados à assistência prestada ao paciente cirúrgico no período perioperatório.