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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 62-4

Poster (Painel)


62-4

Desafios da implantação de um protocolo de prevenção de hipotermia em Centro Cirúrgico: relato de experiência.

Autores:
Ana Paula Fernandes Félix1, Lívia Azevedo Costa1, Carla Gama Rumâo1
1 HSCI - Hospital São Camilo Ipiranga

Resumo:
INTRODUÇÃO

Introdução: A hipotermia é uma alteração fisiológica frequente em indivíduos submetidos a procedimentos cirúrgicos sob efeito de anestesia.  Considera-se hipotermia a redução da temperatura sanguínea central abaixo 36°C, e pode ser classificada em não intencional ou terapêutica. A hipotermia inadvertida ou não intencional é comum em pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos com uma prevalência relatada de hipotermia perioperatória variando de 25% a 90%. A hipotermia dentro do ambiente perioperatório pode ter muitos efeitos fisiológicos indesejáveis que estão associados à morbidade pós-operatória. Ela advém de vários fatores isolados ou associados, como perda excessiva de calor, inibição da termorregulação fisiológica, ou falta de cuidados adequados para sua prevenção. Dentre as repercussões sistêmicas e conseqüências da hipotermia podemos citar: diminuição da taxa metabólica cerebral; tremor intenso; diminuição de plaquetas e aumento do tempo de coagulação; aumento da incidência de infecção em ferida operatória, entre outras. Existem diferentes opções para tratar e/ou prevenir a hipotermia dentro do ambiente perioperatório, que incluem métodos de aquecimento ativo e passivo.



OBJETIVOS

Relatar os desafios na implantação de um protocolo de prevenção de hipotermia em Centro Cirúrgico



MÉTODO

Após a construção do protocolo de normotermia, ocorreram diversas reuniões entre equipe de enfermagem e anestesia a fim de criar estratégias para a implantação do protocolo. Durante oito meses foram realizados encontros para revisão do protocolo existente, mapeamento dos recursos necessários, avaliação de novas tecnologias existentes e levantamento dos investimentos necessários para viabilizar a aplicação do protocolo. Para execução do protocolo foi realizado um treinamento para a equipe de enfermagem e anestesiologia onde foram abordados temas como: técnica para utilização do termômetro infravermelho, indicações de uso dos sistemas de aquecimento (manta térmica, aquecedor de fluídos), definição de critérios para mensuração e controle da temperatura no pré, intra e pós-operatório.



RESULTADOS

Sabido que o pré aquecimento dos pacientes no pré operatório é um desafio foi eleito um grupo de pacientes para realizar (Idosos: A partir de 65 anos, Cirurgias classificadas como grande porte com tempo cirúrgico igual ou superior a 4horas). A responsabilidade de aferição e registro da temperatura é do anestesista sendo também compartilhada pela enfermagem. É indicado que a temperatura deve ser medida antes do paciente ser transferido para a sala de cirurgia (1 a 2 horas antes do início da anestesia) e também na chegada à sala de cirurgia. No intra-operatório definiu-se que se inicia no momento do sing in a partir dos termômetros infravermelho quando não for indicado a utilização dos termomêtros (nasofaríngeo ou retal) em casos que a temperatura for medida intermitentemente, dever ser controlada pelo menos a cada 15 minutos. Para cirurgias de grande porte, utilizar termômetro esofágico e, para as demais cirurgias, termômetro periférico. Ao término do procedimento o controle da temperatura se estende para a Recuperação Anestésica onde a equipe de enfermagem faz o controle e manutenção da temperatura corporal do paciente concomitantemente a Escala de Aldret



CONCLUSÃO

C Com a implementação desse protocolo foi possível avaliar que é possível prevenir a hipotermia não intencional com aquecimento ativo do paciente período perioperatório trazendo maiores benefícios assistenciais em vistas a segurança do paciente.



Palavras-chave:
 prevenção, hipotermia, protocolo