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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 46-1

Poster (Painel)


46-1

Adesão ao checklist de cirurgia segura em um hospital de pequeno porte

Autores:
Brenda Baptista Silva1, Marla Andréia Garcia de Avila1, Jamille Duran Matilde1, Vanessa Natsumi Mizobata1, Letícia Costa Rinaldi1, Andrezza Belluomini Castro1
1 UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Resumo:
INTRODUÇÃO

O checklist de cirurgia segura da Organização Mundial de Saúde baseia-se em melhorar a qualidade da assistência cirúrgica e certificar segurança nos procedimentos anestésico-cirúrgicos, por meio de um padrão de segurança que possa ser aplicado mundialmente1, 2. Favorece ordenação e padronização dos procedimentos, compartilhamento de informações entre a equipe, com troca de conhecimentos e ansiedades, preparo para possíveis eventos indesejáveis e diminuição do desconforto devido situações inesperadas1, 2. Desse modo, ocorrem práticas eficazes, melhora na qualidade da comunicação, redução dos riscos, eventos adversos e complicações das intervenções cirúrgicas elevando a segurança do paciente2. Alguns aspectos institucionais podem influenciar o uso, a saber: gestão dos serviços de saúde, planejamento, processo educativo, auditoria, feedback aos envolvidos, situações especiais do processo de trabalho, além da subjetividade dos profissionais de saúde3.



OBJETIVOS

Avaliar a adesão da equipe cirúrgica ao checklist de cirurgia segura nas cirurgias eletivas de um hospital de pequeno porte, bem com identificar os fatores que interferem na sua utilização (tempo cirúrgico, complexidade da cirurgia ou especialidade médica).



MÉTODO

Trata-se de um estudo retrospectivo e analítico realizado em um hospital escola do interior paulista. Foram incluídas todas as cirurgias realizadas em pacientes maiores de 18 anos do ano de 2017. As cirurgias foram comparadas considerando a adesão total, parcial ou não realização do checklist.



RESULTADOS

No período do estudo identificamos 1.075 cirurgias em adultos, no qual 52,1% do sexo feminino, prevalecendo os procedimentos de hernioplastia inguinal, umbilical ou epigástrica (9,4%) e colecistectomia videolaparoscópica (8%). A adesão ao checklist foi em 12% das cirurgias, a parcial em 59,5% e a não realização em 28,5%. O item com menor adequação foi “revisão das preocupações para a recuperação” do momento III, com apenas 21,49% de preenchimento. Verificamos diferenças significativas (p<0.0001) na adesão total, parcial ou não realização do checklist nas especialidades de cirurgia plástica e ortopedia e de acordo com a complexidade da cirurgia (baixa, média ou alta). No entanto, a não realização do checklist foi associada aos menores tempos de cirurgias (p<0.0001) e não houve diferença entre tempo cirúrgico e adesão total ou parcial.



CONCLUSÃO

Adesão completa ao checklist foi de 12% das cirurgias avaliadas e o preenchimento difere entre as etapas, com menor adesão, no terceiro momento. Os fatores associados a não adesão foram: menor tempo cirúrgico, complexidade das cirurgias e as especialidades da cirurgia plástica ou ortopedia. Tal fato sinaliza a necessidade de realizar ações educativas com as equipes e o real entendimento da aplicação do instrumento que pode favorecer a segurança cirúrgica e qualidade da assistência realizada.



Palavras-chave:
 enfermagem perioperatória, lista de checagem, segurança do paciente