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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 17-1

Poster (Painel)


17-1

“Empoderamento do Enfermeiro de CME frente ao gerenciamento das suspensões cirúrgicas.”

Autores:
Edna Beck1, Carlos Magalhães1, Grazy Paula1
1 HES - Hospital Estadual Sumaré

Resumo:
INTRODUÇÃO

O empoderamento é constituído gradativamente através das relações estabelecidas, algumas com desenvolvimento de poder, articulação no ambiente hospitalar, outras com as pessoas que se relacionam diariamente resultando num processo de fortalecimento através da autonomia, visibilidade, desafios e conquistas. Um profissional empoderado vislumbra possibilidades e resultados positivos frente a novos desafios. Diante desse processo de empoderamento profissional e desafios constantes é que o enfermeiro de Central de Material e Esterilização (CME) vivencia e administra intervenções relacionadas ao mapa cirúrgico desenvolvendo um cuidado aprofundado mitigando as suspensões cirúrgicas relacionadas às fragilidades deste setor. As CMEs muitas vezes são desconhecidas no âmbito hospitalar, diferente da visibilidade que as unidades assistenciais têm neste contexto, sendo assim, a gestão desse profissional enfermeiro é realizada com embasamentos de Legislações Vigentes, conhecimento técnico e científico facilitando o empoderamento deste profissional na organização dos processos com vista a Segurança do Paciente.



OBJETIVOS

Evidenciar o empoderamento do enfermeiro frente ao gerenciamento do mapa cirúrgico na redução de suspensão de cirurgia no período de 24 meses



MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência de um hospital público com produção mensal aproximada de 1700 cirurgias. A coleta de dados se deu no período de janeiro a dezembro dos anos de 2017 e 2018, com análise das suspensões cirúrgicas e ações necessárias para mitigar os problemas encontrados. O mapa cirúrgico é gerenciado a cada 24:00 horas para solicitação dos materiais consignados – ortopédicos; Overbooking; gerenciamento do prazo de entrega destes materiais. Realizado contato com empresas via e-mail e telefone. Os materiais são solicitados após às 11:00 horas da manhã e são entregue por volta das 17:00 e 21:00 horas. Surgindo não conformidades é necessário o contato direto com o cirurgião ou enfermeiros dos blocos cirúrgicos. A Tríade (detecção, prevenção e mitigação), facilita a resolução dos problemas. A detecção relacionada a suspensões mensal; a prevenção se deve ao gerenciamento do mapa cirúrgico e mitigação atrelada a análise das causas das suspensões.



RESULTADOS

Esse trabalho possibilitou reconhecer o empoderamento do enfermeiro de CME frente ao gerenciamento do mapa cirúrgico no cuidado em mitigar as suspensões. Foram analisados os anos de 2017 e 2018, totalizando 20.321 cirurgias em 2017 com 10 suspensões, sendo 06 fragilidades da CME e 04 fragilidades de empresas. Em 2018 ocorreram 20.027 cirurgias com 04 suspensões, sendo 02 suspensões relacionadas a CME e 02 relacionadas as empresas. Causas frequentes: envio errado de material,  falta de material; atraso na entrega, tempo hábil para esterilização; troca de materiais; caixa molhada; atraso do instrumentador, entre outras causas menos relevantes,  que não exclui também o gerenciamento adequado. A análise dos resultados destaca o empoderamento do enfermeiro diante da variedade de atividades que precisa gerenciar de modo efetivo para que não haja suspensões cirúrgicas.



CONCLUSÃO

O empoderamento do enfermeiro em ações integradas ao cuidado e ao gerenciamento de uma CME de um hospital público na redução de suspensão de cirurgia mostrou que é desafiador, mas se utilizado com visibilidade e conhecimento, os resultados podem ser satisfatórios. Essa gestão empoderada influenciou de forma significativa os resultados quando comparados os 24 meses propostos. Redução em 0,049 % no ano 2017 e 0,019 % em 2018, mudanças notáveis.



Palavras-chave:
 Empoderamento, Enfermeiro, Cirurgia