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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 9-1

Poster (Painel)


9-1

Brinquedo terapêutico no processo cirúrgico: Relato de experiência em um hospital ortopédico

Autores:
Aline Souza Leal1, Karina Siniscalco Coutinho1
1 AACD - Hospital Ortopédico AACD

Resumo:
INTRODUÇÃO

Toda forma de brincadeira é uma atividade inerente ao comportamento infantil, trazendo vários benefícios emocionais, físicos, mentais e sociais. Além de ser uma forma lúdica de trabalhar com a realidade que permite o desenvolvimento infantil e a elaboração de emoções.

O direito de brincar deve ser preservado e estimulado em crianças mesmo quando se encontram no processo de hospitalização, considerando este ambiente cercado de mistérios e proibições além da associação a traumas ruins e experiências dolorosas.

As crianças possuem recursos limitados para enfrentar situações delicadas como o processo cirúrgico. Ao brincar a criança utiliza um meio seguro de expressar verbal e não verbalmente suas emoções e percepções em relação à experiência vivida. Assim uma das estratégias que auxiliam as crianças a compreenderem e assimilarem o processo de cirurgia é através do brinquedo terapêutico.

O brinquedo terapêutico é uma forma de propiciar a aproximação com a criança, administrar o estresse cirúrgico, e possibilitar a tradução da realidade para o lúdico permitindo assim a compreensão pela criança do processo saúde-doença, tratamento cirúrgico e reabilitação.



OBJETIVOS

Relatar a experiência com brinquedo terapêutico no ambiente de admissão pré-cirúrgica e em recuperação pós- anestésica (RPA) em crianças submetidas a procedimentos cirúrgicos em Hospital Ortopédico de São Paulo.



MÉTODO

Relato de experiência vivenciado em Hospital Ortopédico, com crianças de 1 a 13 anos, durante o período de Dezembro de 2017 a Agosto de 2018.



RESULTADOS

Na rotina de admissão e RPA deste Hospital identificou-se que devido à tensão do processo cirúrgico, muitos acompanhantes utilizavam o celular como entretenimento para as crianças. Mediante esta observação foi implantado o uso de tablet com jogos didáticos, vídeos infantis e músicas para proporcionar maior tranquilidade, distração e ambientação para a criança. Como resultados, identificou-se mudanças significativas no comportamento dessa população: maior facilidade de abordagem e aproximação da equipe assistencial, diminuição de ansiedade e choro. Mediante entendimento de sucesso da ação instituída, iniciou-se o estímulo de encaminhamento do brinquedo favorito ao ambiente cirúrgico, de forma a envolvê-lo no processo de orientação ao paciente – rotina de demarcação de sítio cirúrgico e trabalho de aceitação dos dispositivos no pós cirúrgico: presença de enfaixamento, curativo, tala gessada, halo craniano, entre outros, trabalhando assim sua similaridade com o brinquedo.



CONCLUSÃO

Os brinquedos foram essenciais para tornar a experiência do paciente menos traumática, permitir controle da ansiedade, aproximação da equipe e aceitação de manipulação e da imagem após abordagem cirúrgica.



Palavras-chave:
 Jogos e brinquedos, Criança hospitalizada, Enfermagem pediátrica, Enfermagem de Centro Cirúrgico